Foto retirada daqui |
A Santa Sé está atenta à crise humanitária na Síria e no Iraque. Pela quinta vez reuniram-se, ontem, no Vaticano cerca de quarenta instituições católicas presentes no Médio Oriente. Pela primeira vez, o Papa Francisco abriu os trabalhos, sinal do seu empenhamento pessoal nesta questão. Estiveram também presentes representantes do episcopado da região, das congregações religiosas, os núncios apostólicos na Síria e no Iraque. Acompanharam os trabalhos o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin e o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, e o secretário do Pontifício Concílio “Cor Unum” (organismo promotor do encontro), D. Giampietro Dal Toso.
Esta reunião tinha como objetivo fazer “o balanço do trabalho desenvolvido até agora pelos organismos caritativos católicos no contexto da crise (…), individualizar as prioridades para o futuro, analisar a situação das comunidades cristãs residentes em países afetados pela guerra, promovendo a sinergia entre as dioceses, congregações religiosas e órgãos da igreja”, segundo uma nota de imprensa do “Cor Unum”.
Os doze mil voluntários e profissionais da Igreja Católica presentes no Médio Oriente apoiam mais de quatro milhões de pessoas na região, segundo a mesma nota de imprensa, e no ano de 2015 gastaram mais de 200 milhões de euros. Este ano, só até Julho, já foi despendida quase a mesma verba.
É importante que as instituições da Igreja, também em Portugal e à semelhança do que aconteceu ontem no Vaticano, se reúnam para avaliar as suas iniciativas e projetar o futuro da sua ação social. Devem também divulgar os recursos humanos e financeiros que empregam e a origem destes últimos. Devem fazê-lo, não tanto para fazer propaganda da sua ação e justificar os apoios que recebem, mas, sobretudo, para demonstrar a sua fidelidade ao Evangelho, na opção preferencial pelos mais pobres.
(Texto publicado no Correio da Manhã de 30/09/2016)
(Texto publicado no Correio da Manhã de 30/09/2016)
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