tag:blogger.com,1999:blog-10907535462954396242024-03-17T23:32:41.004+00:00Igreja e mundoFernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.comBlogger205125tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-829850562394436872024-03-13T09:03:00.000+00:002024-03-13T09:03:27.238+00:00O populismo aí está com os seus pecados<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5WYYqIFuJ4q6k3HYy5oRrSPmeDgHzlTlkDKZPi989eOILOFo8xLs7kREa_yejhbS0BF-QAeYqJNLOIqBdNXMzF_b-ULF8c20YhyphenhyphenPaLXijQ79URdbPMnFg0enWMerJX7PBuQgQzv6wCY5AbLtUFrihi47dvXn3iMPsy-uBSRwe9Rxt5ISGkdQ7qkJ1xXjD/s1280/demagogue-2193093_1280-2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="964" data-original-width="1280" height="301" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5WYYqIFuJ4q6k3HYy5oRrSPmeDgHzlTlkDKZPi989eOILOFo8xLs7kREa_yejhbS0BF-QAeYqJNLOIqBdNXMzF_b-ULF8c20YhyphenhyphenPaLXijQ79URdbPMnFg0enWMerJX7PBuQgQzv6wCY5AbLtUFrihi47dvXn3iMPsy-uBSRwe9Rxt5ISGkdQ7qkJ1xXjD/w400-h301/demagogue-2193093_1280-2.jpg" width="400" /></a></div><br />Os bispos europeus estão a acordar para os perigos dos populismos da extrema-direita, ainda que estes por vezes se apresentem como paladinos de lutas como a proteção da vida ou a defesa da cultura e fé cristã.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Em 2019, a Conferência Episcopal Alemã (CEA) denunciou o “vírus do populismo” e a ameaça que ele representava. “Rejeitamos firmemente qualquer tentativa de instrumentalizar o cristianismo para fins populistas. Estamos convencidos de que a nossa fé e a nossa tradição católica, como Igreja universal, contrastam com as características peculiares do populismo. Pensemos, por exemplo, na igualdade absoluta de todos os seres humanos como criaturas de Deus”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">No ano passado o presidente da CEA, D. Georg Bätzing, numa entrevista ao jornal alemão “Bild”, afirmou que “a Igreja deve distanciar-se de todas as posições desumanas e antidemocráticas”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">D. Mariano Crociata, presidente da Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE), expressava em dezembro numa entrevista à agência católica ACI a preocupação dos bispos europeus com certas dinâmicas culturais europeias, como o crescimento dos populismos. “Trata-se de fenómenos que sinalizam uma debilidade e que tornam as estruturas e a vida das democracias cada vez mais frágeis”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Pensava-se que Portugal era imune ao populismo. Mas ele aí está, propondo falsas respostas simplistas para problemas complexos. A promover visões redutoras da sociedade, a preto e branco, colocando uns, os bons, contra os outros, os maus.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Apesar do populismo português ser atípico – pois promete dar tudo a todos para se implantar... – os cidadãos devem estar atentos às suas contradições e incoerências. Os bispos portugueses deverão estar particularmente vigilantes a toda a instrumentalização da fé – e deverão denunciar as incongruências com os valores cristãos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://www.jn.pt/6573890838/o-populismo-ai-esta-com-os-seus-pecados/" target="_blank"><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;">(</span><span style="color: #888888;">Texto publicado no Jornal de Notícias de 13/03/2024</span><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;">)</span></a></span></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-38922767982683407092024-03-06T07:00:00.001+00:002024-03-06T08:07:49.979+00:00Proteger crianças melhora o futuro<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-indent: 1cm;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkXVQvumn8_deLxkX_eNLz3BX3cvyWGDp6K-anaXDN3VQcPa833qqw74MHIaKXJ8CN0Belm1eYVYFHmcf2q2FimEUyJE8W0t0egu9rK2Rhrb6ep3ukS305XkMvDmHASCePTlHJ_nczzaGRrUHTtrGcBt6iZxz_a6YiI78qqYE1v-6XVfUaorAqkht0a5CM/s1500/papa_criancas.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="844" data-original-width="1500" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkXVQvumn8_deLxkX_eNLz3BX3cvyWGDp6K-anaXDN3VQcPa833qqw74MHIaKXJ8CN0Belm1eYVYFHmcf2q2FimEUyJE8W0t0egu9rK2Rhrb6ep3ukS305XkMvDmHASCePTlHJ_nczzaGRrUHTtrGcBt6iZxz_a6YiI78qqYE1v-6XVfUaorAqkht0a5CM/w400-h225/papa_criancas.jpeg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Papa e as crianças (foto Vatican Media, retirada <a href="https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2024-03/mensagem-papa-francisco-1-jornada-mundial-criancas.html">daqui</a>)</td></tr></tbody></table>O Papa Francisco convocou as crianças de todo o mundo, cristãs e não cristãs, para aquela que será a Primeira Jornada Mundial das Crianças, em Roma nos dias 25 e 26 de maio. Este sábado, foi apresentado em Roma esse evento e o hino em que as crianças cantam: “Nós somos a alegria e a esperança. Somos nós a novidade do mundo”.</span></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Nesse mesmo dia o Papa publicou uma mensagem dirigida às crianças, na qual sublinha que elas são, não só a alegria dos pais e das famílias, mas também “da humanidade e da Igreja”. Desafia-as a “sonhar uma nova humanidade e a trabalhar por uma sociedade mais fraterna e atenta à nossa casa comum”.</span></div></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Apesar do tom de alegria e esperança que transparece na mensagem, o Papa pede que não sejam esquecidas “as crianças a quem, ainda hoje, é cruelmente roubada a infância”. Lembrou aquelas que lutam contra doenças, as que são forçadas a combater ou a fugir à guerra como refugiadas, as que não podem ir à escola e as que são vítimas “de grupos criminosos, das drogas ou doutras formas de escravidão, de abusos”.</span></div></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O Papa não diz explicitamente, mas sabe bem que no interior da Igreja se cometeram e cometem abusos. Tal sucede num espaço que deveria ser de proteção e de promoção de uma infância feliz e harmónica, no qual as crianças pudessem dilatar todas as suas potencialidades e desenvolver, também, a sua fé.</span></div></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">É repugnante que esses abusos tenham acontecido numa instituição que, ao mesmo tempo, tanto tem contribuído para dar uma nova oportunidade a tantas crianças a quem foi “roubada a infância”.</span></div></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Ao promover a Jornada Mundial das Crianças, o Papa quer que uma onda de esperança se inicie em Roma e contagie todo o mundo. Deseja que a Igreja se comprom<span style="font-family: inherit;">eta, cada vez mais, com a proteção e a promoção das crianças. Que a Igreja seja para elas um espaço para “sonhar uma nova humanidade”.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;">(</span><span style="color: #888888;"><a href="https://www.jn.pt/183419965/proteger-criancas-melhora-o-futuro/" style="color: #888888; text-decoration: none;" target="_blank">Texto publicado no Jornal de Notícias de 06/03/2024</a></span><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;">)</span></span></div></span></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-1450243684062101762024-02-28T08:13:00.005+00:002024-03-04T19:29:02.559+00:00Decidir o voto com Santo Inácio<div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-indent: 1cm;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvwei2vaA7apolbjQChyphenhyphenH1xfaVy0_cBg-VGB819nwZHgw-rcDAKbUEjUBGZ_Vcr5qx-dGfmKmX_FUdTsoyuMatnJS84aNG6jiMrijwEhRB0xfMnuWcyi3QWYXiHEViQUc5cVqfdlE7gTVpUVOg2lizF-t14y16UTefYZNRM7O8XWG1Wv3tVpFxE1pOz4Wl/s2986/IMG_5457.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2934" data-original-width="2986" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvwei2vaA7apolbjQChyphenhyphenH1xfaVy0_cBg-VGB819nwZHgw-rcDAKbUEjUBGZ_Vcr5qx-dGfmKmX_FUdTsoyuMatnJS84aNG6jiMrijwEhRB0xfMnuWcyi3QWYXiHEViQUc5cVqfdlE7gTVpUVOg2lizF-t14y16UTefYZNRM7O8XWG1Wv3tVpFxE1pOz4Wl/s320/IMG_5457.jpeg" width="320" /></a></div></span></span></div></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-indent: 1cm;">Iniciou-se a campanha eleitoral. Os candidatos procuram consolidar a sua base eleitoral de apoio e convencerem os indecisos a elegê-los no próximo dia 10 de março.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-indent: 1cm;"><br /></span></span></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;">Não é correto, padres ou bispos dizerem aos católicos o partido em que deverão votar. Felizmente, são cada vez menos aqueles que se atrevem a fazê-lo. É mais habitual condenarem a abstenção e apelarem ao dever de votarem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">Correto é dar critérios para discernir esse direito e dever de votar. Santo Inácio, o fundador dos jesuítas, apurou a arte do discernimento, há 500 anos. “Será possível – inspirando-nos na tradição espiritual inaciana – enunciar alguns princípios e critérios que ajudem a formar uma opinião e consequente escolha, ao aproximar-se um ato eleitoral?”. A questão é levantada pelo padre jesuíta Miguel Gonçalves Ferreira, num artigo publicado no sítio Ponto SJ: “Regras para ordenar-se no votar”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">Apoiando-se nos “Exercícios Espirituais” redigidos por Santo Inácio, o Pe. Miguel propõe uma série de ideias que poderão ajudar os eleitores a discernirem melhor a orientação do seu voto. Pois “o momento da escolha deve ser ponderado e sereno, e não agitado ou precipitado”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">O padre jesuíta sugere que cada um considere a sua situação pessoal e a situação do país. Depois deve concentrar-se nas ideias e propostas dos programas eleitorais e nos candidatos que as defendem. Finalmente, deverá avaliar se a sua decisão tem em conta o bem comum ou apenas os interesses pessoais. Deverá, também, ter em consideração os eventuais “dilemas de consciência” que a sua escolha implica, pois poderá ter de “optar pelo menos mau”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">Quem ainda está indeciso, ou quem decidiu precipitadamente, deveria ler o artigo do Pe. Miguel Gonçalves Ferreira. Ele não indica em quem se deve votar, mas orienta bem o discernimento a fazer para tomar tal decisão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;">(</span><span style="color: #888888;"><a href="https://www.jn.pt/6819330534/decidir-o-voto-com-santo-inacio/" style="color: #888888; text-decoration: none;" target="_blank">Texto publicado no Jornal de Notícias de 28/02/2024</a></span><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;">)</span></div></span></span></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-35551791550615848992024-02-21T00:34:00.002+00:002024-02-21T00:40:05.880+00:00Um clero mais maduro e preparado<div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-indent: 1cm;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXEd8SeujaB9rQ99ckCRpXpQqvDa8dwjDYt1CiCiTPHbyqwaaKXN7t6_aDCiOqiF5cPoroxz3y2GD27aZ7WOba7PFxSwDxEeuHmZbW7ra_0qmKkhk8cKF6SkN54kR8ehgak8sZwIgU0ASw5QBDEQu-GcvNH7pcXcHaV-GHCNGlbjcacbkGabsUC6Tm4LIn/s1024/seminaristas.jpeg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="668" data-original-width="1024" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXEd8SeujaB9rQ99ckCRpXpQqvDa8dwjDYt1CiCiTPHbyqwaaKXN7t6_aDCiOqiF5cPoroxz3y2GD27aZ7WOba7PFxSwDxEeuHmZbW7ra_0qmKkhk8cKF6SkN54kR8ehgak8sZwIgU0ASw5QBDEQu-GcvNH7pcXcHaV-GHCNGlbjcacbkGabsUC6Tm4LIn/s320/seminaristas.jpeg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os seminários estão em transformação<br />Foto retirada <a href="https://www.flickr.com/photos/catholicism/9741708507" target="_blank">daqui</a></td></tr></tbody></table>O Concílio Vaticano II propôs uma renovação e atualização da Igreja Católica. Já passaram quase sessenta anos após o seu encerramento (8/12/1965). Por isso, quando alguns falam da necessidade de um Concílio Vaticano III, deve recordar-se que ainda não foram implementadas muitas das reformas preconizadas pelo Vaticano II.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-indent: 1cm;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">No decreto sobre a formação sacerdotal, aprovado a 28/10/1965, os padres conciliares preconizaram uma maior atenção à maturidade humana. “Por meio duma formação bem ordenada, cultive-se também nos alunos a devida maturidade humana”, diz o referido decreto no nº11. Previa-se, então, a possibilidade de os bispos, para garantir uma maior maturidade e formação espiritual dos candidatos à ordenação, poderem ponderar a necessidade “duma interrupção dos estudos ou dum apto estágio pastoral” (nº12).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">O Papa Francisco referiu num encontro com seminaristas de Nápoles, sexta-feira, que, “na formação sacerdotal, está em marcha um processo que inclui novas questões e novas aquisições: os itinerários formativos estão a passar por muitas transformações”. Isto acontece para corresponder aos “desafios que se colocam ao ministério sacerdotal e que exigem compromisso, paixão e criatividade saudável por parte de todos”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">O Papa saudou as “novas experiências pastorais e missionárias” e revelou que “estão a ser previstas interrupções no itinerário [formativo dos seminários] para promover o amadurecimento individual”. Francisco apelou a que estas “novidades” sejam acolhidas e examinadas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">Em Portugal, devido à falta de clero, verifica-se uma maior preocupação em acelerar o processo formativo do que em apostar em percursos mais longos e exigentes. Porém, se quisermos um clero com maior maturidade e uma formação mais adequada aos desafios de hoje, convém seguir as experiências que o Papa elogiou.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;">(</span><span style="color: #888888;"><a href="https://www.jn.pt/6881970890/um-clero-mais-maduro-e-preparado/" target="_blank">Texto publicado no Jornal de Notícias de 21/02/2024</a></span><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;">)</span></div></span></span></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-1049607738625120842024-02-14T07:51:00.001+00:002024-02-14T07:51:38.098+00:00Igreja hipócrita com os homossexuais<div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSKu6yYp_dbQa0GNy8F6BoEDFKBa_8gIZjrdeJI1ffI_hqmmpmQejhOBb8PxKgQlBns59QGbwQ_OmgF0fOtrRYDxjYdFzYu0FINfK1u4_-V0ROkU1IhNUuJ-h5o9Zs4tQltdDPRHSVZxGEqq4ggL0aLM3AuEQX4PJM2lK29ghOW7rIkSyMTTrQlLMZr0Pu/s500/7474.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="371" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSKu6yYp_dbQa0GNy8F6BoEDFKBa_8gIZjrdeJI1ffI_hqmmpmQejhOBb8PxKgQlBns59QGbwQ_OmgF0fOtrRYDxjYdFzYu0FINfK1u4_-V0ROkU1IhNUuJ-h5o9Zs4tQltdDPRHSVZxGEqq4ggL0aLM3AuEQX4PJM2lK29ghOW7rIkSyMTTrQlLMZr0Pu/w237-h320/7474.jpg" width="237" /></a></div>O Papa Francisco chamou a atenção para a hipocrisia farisaica que se vive no interior da Igreja Católica. Estranhou que tenham surgido tantas críticas ao documento “Fiducia supplicans”, do Dicastério da Doutrina da Fé, que veio esclarecer que se podem dar bênçãos a casais “irregulares”, inclusive homossexuais. Na verdade, como esclareceu posteriormente, que o que se abençoa são as pessoas, não a situação em que vivem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;"><br /></span></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A hipocrisia que o Papa veio agora criticar, numa entrevista à revista católica “Credere” publicada quinta-feira, é o facto de “ninguém se escandalizar” se ele abençoar “um empresário que talvez explore pessoas”, o que, na opinião do Papa, é “um pecado muito grave”. Contudo, alguns setores da Igreja escandalizam-se se ele abençoar um homossexual, por considerarem que ele vive em pecado. Para o Papa, “isto é hipocrisia”. E disse mais: “Eu não abençoo um 'casamento homossexual', abençoo duas pessoas que se amam e também lhes peço que rezem por mim”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Quem se der ao trabalho de ler este documento e a explicação posteriormente publicada, verifica que nada foi alterado na doutrina católica em relação ao matrimónio ou às bênçãos. Veio apenas responder às questões sobre se, em determinadas circunstâncias, podiam ser negadas as bênçãos a determinadas pessoas. É evidente que não. O “coração” do documento “Fiducia supplicans”, segundo Francisco, “é o acolhimento”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Ninguém, por enquanto, pergunta à entrada das igrejas se os fiéis estão em estado de graça ou em pecado, numa situação regular ou irregular, se são hétero ou homossexuais. No final da eucaristia o celebrante abençoa todos os presentes, sem ninguém nunca se ter escandalizado com isso. Não se percebe, pois, porque ger<span style="font-family: inherit;">ou tanta polémica o Dicastério da Doutrina da Fé ter reconhecido o óbvio. “Fariseus hipócritas”, diria Jesus.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;">(</span><a href="https://www.jn.pt/5893090640/igreja-hipocrita-com-os-homossexuais/" target="_blank">Texto publicado no Jornal de Notícias de 14/02/2024</a><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;">)</span></span></div></span></span></div><p class="Body1" style="border: medium; color: #333333; font-family: "Arial Unicode MS", sans-serif; margin: 0cm 13.8pt 0.0001pt 1cm; text-indent: 1cm;"><o:p></o:p></p>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-61483108837167979422024-02-07T06:44:00.002+00:002024-02-07T06:44:36.593+00:00Linguagem nova para pregar Jesus<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizdpWgda71yXYE74hMHOKktlP7_Hxbz-9G1he55w_KAH15anTLMkI-LZVZcA5daDQmWDx-GBo1Out9JdIIbZjHZKVXfph17_0KsQeDYBZ7Nm_7xIsBN_If5goyOSpTD82gyvZfZWHIMm6D3qedhK3feIeqePGF0HxFMXX7wKrLY-LCc6smh11dC9cM5BV2/s1482/papa_scorsese_spadaro.png" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1482" data-original-width="1368" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizdpWgda71yXYE74hMHOKktlP7_Hxbz-9G1he55w_KAH15anTLMkI-LZVZcA5daDQmWDx-GBo1Out9JdIIbZjHZKVXfph17_0KsQeDYBZ7Nm_7xIsBN_If5goyOSpTD82gyvZfZWHIMm6D3qedhK3feIeqePGF0HxFMXX7wKrLY-LCc6smh11dC9cM5BV2/s320/papa_scorsese_spadaro.png" width="295" /></a></div><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;">O Papa Francisco encontrou-se pela quinta vez com o realizador Martin Scorsese. Foi um encontro entre “dois grandes homens de génio e experiência”, escreveu o padre jesuíta António Spadaro numa publicação da rede social X. Para ambos “a figura de Jesus tem um fascínio e um valor extraordinário”. Por isso, procuram dialogar sobre ele e encontrarem-se quando podem.<br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;"><br /></span></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Martin Scorsese estreou em 1988 o filme “A última tentação de Cristo”. Está agora a trabalhar numa nova película sobre Jesus, a qual decidiu fazer, segundo Spadaro, ao ler o prefácio do Papa ao seu livro “Uma Trama Divina: Jesus em Contracampo”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Esta publicação reúne os comentários de Spadaro aos Evangelhos dominicais, publicados no jornal italiano “Il Fatto Quotidiano”. Ele impôs-se a si próprio o desafio de escrever sobre os Evangelhos “sem cair nas típicas prosas homiléticas que dão por adquiridas tantas coisas – a própria fé – e estão acostumadas a fórmulas óbvias”, refere numa Nota do Autor no final do livro.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">No prefácio a essa obra, o Papa afirma que “abrir os Evangelhos é como olhar por uma câmara de filmar que nos mostra Jesus em ação”. O livro de Spadaro é uma particular apropriação da figura de Jesus: “Parece mesmo o olhar do cinema”, escreve Francisco.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Termina o prefácio com um apelo: “Neste tempo de crise da ordem mundial, de guerra e de grandes polarizações, de paradigmas rígidos, de graves desafios a nível climático e económico, precisamos da genialidade de uma linguagem nova, de histórias e imagens poderosas, de escritores, poetas, artistas capazes de gritar ao mundo a mensagem evangélica, de nos fazer ver Jesus”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Scorsese está a procurar corresponder ao apelo do Papa. Nós, padres, que pregamos o Evangelho todos os domingos, devíamos esforçar-nos por o fazer com essa “linguagem nova” que o Papa pede aos artistas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;">(</span><a href="https://www.jn.pt/3768589285/linguagem-nova-para-pregar-jesus/" style="background-color: white; color: #888888; text-decoration: none;" target="_blank">Texto publicado no Jornal de Notícias de 07/02/2024</a><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;">)</span></span></div></span></span>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-28798777343739699642024-02-01T16:46:00.002+00:002024-02-01T16:47:18.389+00:00Resistir às “sereias do populismo”<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgusbdkwjFQF_sLpZLSHkCgA3AxZMuL1znk3zUR-8I9ixwvNYIobellQs8aRGnmBs9W2FDv5Zqu6EDEOHEsjDEU1qvUPA2zXNu5DKgCMWWe2XOLQVTKpJE_jeN2YBjbBmGZCo4RCeD66f6ReoxejJb9fIX4qYanz6M3wW1sKARHlonch9oa6fia_zj20PfY/s560/230117-populism-cropped.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="288" data-original-width="560" height="165" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgusbdkwjFQF_sLpZLSHkCgA3AxZMuL1znk3zUR-8I9ixwvNYIobellQs8aRGnmBs9W2FDv5Zqu6EDEOHEsjDEU1qvUPA2zXNu5DKgCMWWe2XOLQVTKpJE_jeN2YBjbBmGZCo4RCeD66f6ReoxejJb9fIX4qYanz6M3wW1sKARHlonch9oa6fia_zj20PfY/s320/230117-populism-cropped.jpg" width="320" /></a></div>A democracia e a liberdade são como a saúde, só se valorizam quando se perdem. Cerca de cem anos após a instauração das ditaduras na Europa, voltam a ouvirem-se vozes a contestar os sistemas democráticos e a crescerem os adeptos de sistemas autocráticos, alimentados pelas notícias falsas e os populismos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">É certo que, como há cem anos, essas correntes alimentam-se de líderes políticos que comunicam mal as suas tentativas de resolver os problemas das populações. Que não parecem entregar-se à causa pública com dedicação e altruísmo. Que são acusados de defender interesses próprios ou do partido em vez do bem comum.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Então as populações deixam-se seduzir pelo canto das sereias que lhes dizem o que querem ouvir. O Papa Francisco tem denunciado essas “sereias do populismo” e apelado a que surjam políticos com mais sensibilidade para desenvolverem políticas que as pessoas sintam como melhores.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">“Para se tornar possível o desenvolvimento duma comunidade mundial capaz de realizar a fraternidade a partir de povos e nações que vivam a amizade social, é necessária a política melhor, a política colocada ao serviço do verdadeiro bem comum”, escreve o Papa da sua última encíclica “Fratelli tutti”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Os líderes populares, para o Papa, são aqueles que guiam o povo num “projeto duradouro de transformação e crescimento” da sociedade no seu todo. Degenera em populismo quando instrumentalizam o povo em função dos interesses próprios.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Em relação às propostas políticas que semeiam “o ódio e o medo” o Papa diz que “é necessário estar alerta, reagir a tempo e corrigir imediatamente o rumo”. Compreende-se porque é que os populistas, que cavalgam o medo e o ódio nas suas propostas eleitorais, não gostam do Papa. Neste ano, com tantas eleições em Portugal, não nos deixemos encantar pelas “sereias do populismo”.</span></div><div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;">(</span><a href="https://www.jn.pt/2903880894/resistir-as-sereias-do-populismo/" style="background-color: white; color: #888888; text-align: justify; text-decoration-line: none; text-decoration: none;" target="_blank">Texto publicado no Jornal de Notícias de 31/01/2024</a><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;">)</span></span></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-56648185960637168072024-01-24T08:45:00.005+00:002024-01-27T19:12:40.194+00:00Francisco elogia o bom jornalismo<div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8ov6OCX-OuXRX06xzaR8dmxrgOEAPzAJvKeWe6S6BGbAw6UN85JgaK7VfOzkWqdUQZ0CFBlZ6l5sDQV6RtUhqDoibrBIrIT1DXQGvZhrIQxsDRhsSQffIqitWDu0hzYx8_hPpUe5AD2Pe_65cbc1oe7z43uaV8HYlVjP1vS1jffglGPj4ACmU_5LvyiHf/s1280/pope-francis-707395_1280.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="1280" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8ov6OCX-OuXRX06xzaR8dmxrgOEAPzAJvKeWe6S6BGbAw6UN85JgaK7VfOzkWqdUQZ0CFBlZ6l5sDQV6RtUhqDoibrBIrIT1DXQGvZhrIQxsDRhsSQffIqitWDu0hzYx8_hPpUe5AD2Pe_65cbc1oe7z43uaV8HYlVjP1vS1jffglGPj4ACmU_5LvyiHf/w320-h240/pope-francis-707395_1280.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-family: inherit;"><span style="text-indent: 1cm;">O Papa Francisco agradeceu aos jornalistas o “trabalho que realizam informando leitores, ouvintes e espectadores sobre a atividade da Santa Sé”. Fê-lo, esta segunda-feira, num encontro com os membros da Associação Internacional de Jornalistas Credenciados junto do Vaticano.<br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-indent: 1cm;"><br /></span></span></div><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">“Ser jornalista é uma vocação”, disse o Papa. Aqueles que se dedicam a informar são chamados a “conhecer e contar” e a “cultivar um amor incondicional pela verdade”. Em relação ao tratamento que é dado à atualidade religiosa, o Papa expressou a sua gratidão pela “delicadeza” e o “respeito” com que tantas vezes tratam os escândalos que envolvem a Igreja.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">O Papa agradeceu aos jornalistas o esforço de desenvolverem um “olhar que sabe ver além das aparências”: não se deixarem arrastar pela “superficialidade dos estereótipos”, nem contagiar pelas “fórmulas pré-confecionadas da informação-espetáculo”. Perante 150 jornalistas, o Papa reconheceu que um trabalho jornalístico sério e aprofundado faz tanto bem ao “Povo de Deus” como à própria Igreja, a qual “tem um longo caminho a percorrer para comunicar melhor”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">Desafiou os profissionais da informação a resistirem à tentação “da comunicação de massas a manipular a imagem da Igreja”, citando o vaticanista (especialista em assuntos da Santa Sé) Luigi Accattoli, que há poucos dias completou oitenta anos e acompanhou os Papas em muitas viagens.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">Não é com discursos envinagrados contra os jornalistas que se consegue uma melhor informação religiosa. Pelo contrário, é necessário cuidar a forma como se comunica, clarificando os conteúdos. Deve reconhecer-se e elogiar o que é bem feito, mesmo que contenha críticas. O acesso à informação deve ser facilitado, mostrando disponibilidade para colaborar no aprofundamento dos assuntos religiosos. Com dois sentidos, a comunicação flui melhor.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;">(</span><a href="https://www.jn.pt/5810696392/francisco-elogia-o-bom-jornalismo/" style="color: #888888; text-decoration: none;" target="_blank">Texto publicado no Jornal de Notícias de 24/01/2024</a><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;">)</span></div></span></span></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-64284861828300481092024-01-17T08:02:00.001+00:002024-01-17T08:02:17.264+00:00Roma é uma “terra de missão”<div><span style="text-indent: 1cm;"><span style="font-family: inherit;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo07xECGskw4U9JcwFpVjwvgABlA7tiPfNR-76037hY8385qZTIdQzqVwbCL31a1lI39fB3OzdunbhQofXw8vb1guBXGhF8nvbxVp1jGox-jPsshLk2BXRXJWX7b-0wJEpuTO9J1HxSl7uQwBm93hl8kc4HzqY8_sKExj_oOmOp_tkUyeUoXdq5-TFMCld/s1200/papa_clero_roma.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="1200" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo07xECGskw4U9JcwFpVjwvgABlA7tiPfNR-76037hY8385qZTIdQzqVwbCL31a1lI39fB3OzdunbhQofXw8vb1guBXGhF8nvbxVp1jGox-jPsshLk2BXRXJWX7b-0wJEpuTO9J1HxSl7uQwBm93hl8kc4HzqY8_sKExj_oOmOp_tkUyeUoXdq5-TFMCld/s320/papa_clero_roma.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Papa Francisco reuniu com o clero de Roma<br />Foto retirada <a href="https://www.diocesidiroma.it/papa-francesco-ai-sacerdoti-roma-terra-di-missione/" target="_blank">daqui</a></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;">O coração da cristandade, a cidade de Roma, é hoje uma “terra de missão”. Esta é a constatação que o Papa Francisco assumiu perante o clero romano na manhã do último sábado. Pouco se sabe desse encontro, pois foi fechado à comunicação social, apenas o que noticiou a diocese de Roma no seu sítio oficial. Este refere o encontro do Papa com mais de oitocentos sacerdotes (diocesanos e religiosos) e diáconos permanentes ao serviço da diocese de Roma. Francisco “lançou um apelo à evangelização a toda a comunidade eclesial”.</span></div></span></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Há quase 11 anos o Papa apresentou-se ao mundo como bispo de Roma. As suas preocupações com a Igreja universal, no entanto, deixam-lhe pouco tempo para a diocese para que foi eleito. Por isso tem um vigário-geral que o substitui na gestão corrente da diocese, o qual, neste momento, é o cardeal vigário Angelo De Donatis.</span></div></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Porém, tanto quanto lhe permitem as responsabilidades inerentes à função de Papa, Francisco procura garantir algumas das suas responsabilidades como bispo de Roma. Nos últimos meses tem reunido com o clero e escutado as suas preocupações e anseios. Todos os encontros têm decorrido à porta fechada e longe dos média. Neste último encontro com o clero comprometeu-se a retomar as visitas às paróquias de Roma, que a pandemia interrompeu.</span></div></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Já lá vão os tempos em que a Europa enviava missionários para todo o mundo. Hoje o catolicismo encolhe na Europa e desenvolve-se nos outros continentes. De acordo com as últimas estatísticas da Santa Sé, relativas a 2021, o número de católicos só diminuiu na Europa (-244.000). O aumento mais acentuado verificou-se na África (+8.312.000) e na América (+6.629.000), a que se segue a Ásia (+1.488.000) e a Oceânia (+55.000).</span></div></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A Europa está a tornar-se numa verdadeira “terra de missão”. Por isso, precisa de ser novamente evangelizada.</span></div><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></span></span></div><div><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;">(</span><a href="https://www.jn.pt/7494793853/roma-e-uma-terra-de-missao/" style="color: #888888; text-align: justify; text-decoration: none;" target="_blank">Texto publicado no Jornal de Notícias de 17/01/2024</a><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;">)</span></span></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-40956567099480242722024-01-10T09:10:00.003+00:002024-01-30T17:11:02.036+00:00Líderes que derrubam muros<div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJF3gaBq0JrBlC-nwKnI3fGQv8uZblJfOaZoDzJkslsoTixwUcMXhMQTZU862kWpRPHXRk33OIJe-3ojgKYIQxSI_xspilgDX8ev7ZC2_BM6GFgv_K5QGrEbub2qWeCxoAqninyYtvCdsjFp5nKKUeMFAIsjme-BVcWauqjc5DqPg_CJETTGNIGhn5CB4c/s1091/paulo_VI_patriarca_atenagoras.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1091" data-original-width="800" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJF3gaBq0JrBlC-nwKnI3fGQv8uZblJfOaZoDzJkslsoTixwUcMXhMQTZU862kWpRPHXRk33OIJe-3ojgKYIQxSI_xspilgDX8ev7ZC2_BM6GFgv_K5QGrEbub2qWeCxoAqninyYtvCdsjFp5nKKUeMFAIsjme-BVcWauqjc5DqPg_CJETTGNIGhn5CB4c/w294-h400/paulo_VI_patriarca_atenagoras.jpg" width="294" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;">O encontro de Paulo VI com o <br />Patriarca Ecumênico Atenágoras<br />Foto AP retirada <a href="https://www.ihu.unisinos.br/categorias/605316-em-7-de-dezembro-de-1965-o-papa-paulo-vi-e-o-patriarca-atenagoras-de-constantinopla-suspenderam-a-excomunhao-mutua-que-estava-em-vigor-desde-1054" target="_blank">daqui</a></span></td></tr></tbody></table><span style="font-family: inherit;">Há 60 anos aconteceu, para muitos historiadores, um dos eventos religiosos mais importantes do século XX: a viagem de Paulo VI à Terra Santa, de 4 a 6 de janeiro de 1964. Na oração do Angelus no último sábado, o Papa Francisco recordou essa viagem e destacou o encontro de Paulo VI com o Patriarca Ecumênico Atenágoras – líder da Igreja Ortodoxa – “quebrando um muro de incomunicabilidade que manteve católicos e ortodoxos separados por séculos”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Foi a primeira viagem internacional de Paulo VI e a primeira vez que um Papa viajou de avião. Deu início a uma das atividades mais relevantes de um Pontífice: as viagens. Paulo VI também ficou para a história como o primeiro Papa a visitar os cinco continentes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Essa sua primeira viagem teve ainda o condão de reforçar na Igreja Católica o diálogo ecuménico e a promoção da unidade dos cristãos. O Concílio Vaticano II, que decorria quando Paulo VI visitou a Terra Santa, encarregou de refletir e de o definir como um dos dinamismos a indicar aos católicos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Esta foi uma das quatro prioridades de Paulo VI para o Concílio. As outras eram uma melhor compreensão da Igreja Católica, a sua renovação e o diálogo com o mundo contemporâneo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Estes dinamismos que Paulo VI procurou implementar no catolicismo são aqueles que o Papa Francisco agora procura recuperar com a insistência numa “Igreja em saída”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Vivem-se tempos em que se promove o medo em relação aos que são de outra cultura, raça, igreja ou religião. Que são classificados como os “maus”, para arregimentar os “bons”, seja para ganhar eleições ou para estimular o terrorismo ou a guerra. Hoje, como nunca, são precisos líderes como Paulo VI, mais preocupados em lançar pontes do que em erguer muros. Capazes de promover o diálogo e a reconciliação entre aqueles que se habituaram a odiarem-se, porque a isso foram levados.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">(<a href="https://www.jn.pt/63291550/lideres-que-derrubam-muros/" target="_blank">Texto publicado no Jornal de Notícias de 10/01/2024</a>)</div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-13575822971501796492024-01-03T08:49:00.000+00:002024-01-03T08:49:02.950+00:00A fisionomia feminina da Igreja<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgbnkX-oaU2WEWagNeRZV2r9Eq5OUXK9Xcb9yksONHAx2IMNzmqgp3QB-asx_FO09INPXZe9rqYJUHI3P9_Nbd-Muu78tD0hLamYg-Gm1tyB9ncDSGHX156bGCpWEmKpJimrJcZTcyGeU-DzRwYXwA0D_UiEVDNxkUEtkMNRNkyqUioM2xF7_iH0gtDcjNf" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img data-original-height="1277" data-original-width="1920" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgbnkX-oaU2WEWagNeRZV2r9Eq5OUXK9Xcb9yksONHAx2IMNzmqgp3QB-asx_FO09INPXZe9rqYJUHI3P9_Nbd-Muu78tD0hLamYg-Gm1tyB9ncDSGHX156bGCpWEmKpJimrJcZTcyGeU-DzRwYXwA0D_UiEVDNxkUEtkMNRNkyqUioM2xF7_iH0gtDcjNf=w400-h266" width="400" /></a></div><div style="text-align: left;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; text-indent: 1cm;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-indent: 1cm;"><span style="font-family: inherit;">A Igreja celebra Maria, no primeiro dia do ano, como a Mãe de Deus. Esta invocação de Maria está implícita nos Evangelhos, por exemplo quando Maria visita a sua prima Isabel e esta exclama: “Donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?” (Lc. 1, 43). Contudo, foram precisos quatro séculos para ser explicitada e definida dogmaticamente como tal pelo Concílio de Éfeso, em 431.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-indent: 1cm;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-indent: 1cm;"><span style="font-family: inherit;">Desde os inícios do século VI, que a Igreja celebra a 1 de janeiro a solenidade de Santa Maria, Mãe da Igreja. A partir de 1968, Paulo VI declarou-o também o Dia Mundial da Paz.</span></span></div><p></p><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;">Este ano, na homilia da celebração de 1 de janeiro, o Papa Francisco recordou a definição dogmática de Éfeso e assumiu que a Igreja precisa de “descobrir o seu próprio rosto feminino” e de “abrir espaço às mulheres e ser geradora através duma pastoral feita de cuidado e solicitude, paciência e coragem materna”.</span></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Desde que está ao leme da barca de Pedro, este Papa tem feito muito para promover a mulher na Igreja. Com ele, elas têm vindo a desempenhar cargos que nunca tinham sido confiados às mulheres. Pela primeira vez tiveram voz num Sínodo dos Bispos – e direito a votar.</span></div></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">É certo que ainda há muito caminho a fazer para que seja reconhecida a dignidade da mulher na Igreja e estas possam assumir encargos que continuam reservados aos homens. O caminho faz-se caminhando. É a convicção de Francisco. Maria é a sua inspiração e guia.</span></div></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Entretanto, o Papa empenha-se em que a Igreja redescubra a sua fisionomia mariana. Maria não é só a Mãe de Deus: é também a Mãe da Igreja, como a definiu Paulo VI em 1964.</span></div></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Da mesma forma que se identificam nos filhos parecenças com as mães, também na Igreja se devem identificar traços marianos, tais como o acolhimento da Palavra de Deus, a disponibilidade para fazer a sua vontade ou a atenção aos que mais precisam.</span></div></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div style="text-align: left;"><a href="https://www.jn.pt/1306396648/a-fisionomia-feminina-da-igreja/" style="background-color: white; color: #888888; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration: none; widows: 2;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">(Texto publicado no Jornal de Notícias de 03/01/2024)</span></a></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-16414503016402178752023-12-27T12:12:00.001+00:002023-12-27T12:17:29.272+00:00Algoritmos éticos para a paz<div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;">O Papa Francisco propõe uma reflexão sobre a inteligência artificial (IA) na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz que a Igreja Católica celebra, desde 1968, no primeiro dia do ano. É sempre arrojado refletir sobre uma realidade que ainda está em desenvolvimento, mesmo que esta já afete a vida das pessoas e condicione profundamente os seus comportamentos sociais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-kii2q1BaxP88wFvdCPdxW8edZYh5VMSQIjKzvE3oXU_C1UbThlLBGbJAccoylY7mClQBtdJgi37OqABHFkONVNPj7WamZp0egFG8UXUlw4PZzwsVMCmXrVu2tx9gs4YP4VllRvlJc0FZ7qoY4C7W0Fk0yLK2A1bsYMdnifOcghLYrp92WbpYjGb-xw-j/s2560/algoretica.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="2560" height="188" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-kii2q1BaxP88wFvdCPdxW8edZYh5VMSQIjKzvE3oXU_C1UbThlLBGbJAccoylY7mClQBtdJgi37OqABHFkONVNPj7WamZp0egFG8UXUlw4PZzwsVMCmXrVu2tx9gs4YP4VllRvlJc0FZ7qoY4C7W0Fk0yLK2A1bsYMdnifOcghLYrp92WbpYjGb-xw-j/w400-h188/algoretica.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto retirada <a href="https://sociedad.sanpablo.es/2020/11/16/para-una-algor-etica/">daqui</a></td></tr></tbody></table></span></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O Papa aplica à IA o esquema que a Igreja costuma adotar na avaliação dos avanços científicos – as conquistas da ciência e da tecnologia são habitualmente enquadradas entre as oportunidades e os riscos que representam. Em relação à IA, o Papa fala de promessas e riscos: “Não podemos presumir ‘a priori’ que o seu desenvolvimento traga um contributo benéfico para o futuro da humanidade e para a paz entre os povos”, diz Francisco.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Em ordem a potenciar ao máximo os desenvolvimentos científicos e prevenir os riscos da sua má utilização, a Igreja tem sempre proposto um reforço ético na sua avaliação. A IA exige, segundo o Papa, um “diálogo interdisciplinar voltado para um desenvolvimento ético dos algoritmos – a algor-ética – em que sejam os valores a orientar os percursos das novas tecnologias”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></span><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">Porque os avanços tecnológicos são frequentemente utilizados para fazer a guerra, o Papa afirma que “as aplicações técnicas mais avançadas [da IA] não devem ser utilizadas para facilitar a resolução violenta dos conflitos, mas para pavimentar os caminhos da paz”. O ano de 2023 foi um exemplo da quantidade de recursos utilizados para destruir e matar nesta “terceira guerra mundial aos pedaços”, como a tem caraterizado o Papa. Recursos que deviam ser utilizados para edificar, combater a fome e educar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">Oxalá, no próximo ano, os dirigentes mundiais sejam mais sensíveis às palavras do Papa e o mundo seja mais pacífico.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">Um bom 2024 para todos!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.jn.pt/3796811906/algoritmos-eticos-para-a-paz/" style="color: #888888; text-decoration: none;" target="_blank">(Texto publicado no Jornal de Notícias de 27/12/2023)</a></div></span></span><span style="background: repeat white; color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></span></span></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-10336545437350668292023-12-24T19:54:00.004+00:002023-12-25T19:00:10.995+00:00Votos de festas felizes!<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijb1WezAaWR3fgP2tcD8ZxCIfJoTNsGJgy6DdHqjXViCSH9_aMxbKl2PqdQJqLIQ5FmXukD5lSoUT0MuKjCDmuwwAZ6iY555QV_u9dgxkkg4fHlSvOfZ0u0mkd0aR-xRu9iUPfiOiS0EBgkdyWkTjHXSPp-MjFRPRaaAuFwuugq-Fvj_tC3JyCmrCgRDeh/s4011/postal_natal_2023.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4011" data-original-width="3003" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijb1WezAaWR3fgP2tcD8ZxCIfJoTNsGJgy6DdHqjXViCSH9_aMxbKl2PqdQJqLIQ5FmXukD5lSoUT0MuKjCDmuwwAZ6iY555QV_u9dgxkkg4fHlSvOfZ0u0mkd0aR-xRu9iUPfiOiS0EBgkdyWkTjHXSPp-MjFRPRaaAuFwuugq-Fvj_tC3JyCmrCgRDeh/w300-h400/postal_natal_2023.jpeg" width="300" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 42.55pt;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Natal é Luz, Alegria e Paz, mas é também um Silêncio que fala de forma eloquente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam nas sombras da morte uma luz começou a brilhar. Multiplicastes a sua alegria, aumentastes o seu contentamento” (Is. 9, 1-2a). E ainda: “O seu poder será engrandecido numa paz sem fim” (vs. 6a). No Evangelho narrava-se que uma grande luz envolveu os pastores e lhes foi anunciada uma grande alegria (Cf. Lc. 2, 9). Terminava com louvor das criaturas celestes, que diziam: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados” (Lc. 2, 14)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A luz que brilha nas trevas é o sinal que o profeta Isaías propõe para anunciar uma extraordinária intervenção de Deus na história da humanidade. Ela será causa de alegria, para todos os que se deixarem envolver por essa luz. Significará, para aqueles que por ela se deixarem guiar, uma grande paz.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Esse acontecimento, anunciado pelos profetas, começa a realizar-se, de forma discreta e só percetível para alguns, no nascimento de Jesus. Esta é a originalidade do Cristianismo, um Deus que se faz verdadeiro homem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Esta noite, somos convidados a ir, com os pastores, ao estábulo, que se encontra fora da cidade de Belém, e, mais que olhar, ver em profundidade, contemplar esse acontecimento, que continua a falar pela sua simplicidade e humildade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O Deus Todo-Poderoso e a quem tudo pertence, quis assumir a fragilidade da natureza humana e nascer pobremente em Belém. Quis ser um embrião no seio de uma mulher, nascer como qualquer um de nós, provavelmente em condições bem piores do que as de todos nós. Quis ser uma criança frágil e dependente, primeiramente de Maria e, depois, também de José. Quis, assim, nesse seu plano, de vir até nós, envolver e implicar Maria e José.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Um Santo e Feliz Natal para todos!</span></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-54950232078897989522023-12-20T22:36:00.014+00:002023-12-22T22:20:52.990+00:00A Cúria gera santos e promove ladrões<div style="text-align: justify;"><div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMECkqMZ2oMnY8zdaL1RkddofbVYDPDZWyyUnUHY8Xb6mDbjjDoebvidcLcI4FrRfybkIexhilW2nf0JHU3PfhkgB5ZoOuVwEa9zvAoY6FClD8Jal2oCsu15wTG-DWs8kgjS0yKkwjXrDOvlsux_1YEqvmdwBgkjkQxDZdlllKY-pX_GlZsTntNjzdDkWd/s3064/pironio_becciu_1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="3064" data-original-width="2923" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMECkqMZ2oMnY8zdaL1RkddofbVYDPDZWyyUnUHY8Xb6mDbjjDoebvidcLcI4FrRfybkIexhilW2nf0JHU3PfhkgB5ZoOuVwEa9zvAoY6FClD8Jal2oCsu15wTG-DWs8kgjS0yKkwjXrDOvlsux_1YEqvmdwBgkjkQxDZdlllKY-pX_GlZsTntNjzdDkWd/s320/pironio_becciu_1.jpg" width="305" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;">Cardeal Eduardo Pironio<br />e Cardeal </span>Angelo Becciu</td></tr></tbody></table><br />A Cúria Romana, como todas as circunstâncias humanas, pode levar à perdição ou à santificação. Disso são um exemplo os cardeais Angelo Becciu e Eduardo Pironio.</div><div><br /></div><div>O cardeal Angelo Becciu, com 75 anos, foi uma espécie de chefe de gabinete dos Papas Bento XVI e Francisco entre 2011 e 2018 e Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, de 2018 a 2020. No sábado passado, foi condenado a cinco anos e meio de prisão efetiva por peculato, abuso de poder, corrupção e branqueamento de capitais.</div><div><br /></div><div>No mesmo dia o cardeal Eduardo Pironio (1920-1998) foi beatificado numa celebração junto da Basílica de Nossa Senhora de Luján, na Argentina. Esta é a última etapa antes de ser proclamado santo.</div><div><br /></div><div>Em 1975, Paulo VI chamou-o para a Cúria Romana. No dia em que assumiu essas responsabilidades escreveu no seu diário: “Quanto me custou deixar a diocese, a família e a pátria, os amigos e os parentes! Agora estou sozinho no caminho: mas o Senhor está comigo.”</div><div><br /></div><div>O cardeal Fernando Vérgez, que foi secretário de Pironio em Roma, presidiu à sua beatificação e recordou “a sua paz interior e a sua profunda amizade com Deus”.</div><div><br /></div><div>Entre 1984 e 1996, Pironio foi presidente do Pontifício Conselho para os Leigos. Nessa qualidade colaborou com João Paulo II na promoção da formação laical e na criação das Jornadas Mundiais da Juventude.</div><div><br /></div><div>No final da oração do Angelus, no domingo passado, o Papa Francisco classificou o cardeal Pironio como um “pastor humilde e zeloso, testemunha da esperança, defensor dos pobres”.</div><div><br /></div><div>As mesmas circunstâncias podem fazer o ladrão ou o santo. Em relação à Cúria Romana, tudo depende como se encara essa posição. Se é vivida como uma promoção, é fácil deixar-se corromper e perder o sentido de missão. Se é vivida com humildade e como um serviço à Igreja, então será, seguramente, um caminho de santidade.</div><div><br /></div><div><a href="https://www.jn.pt/4960368716/a-curia-gera-santos-e-promove-ladroes/" target="_blank">(Texto publicado no Jornal de Notícias de 20/12/2023)</a></div></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-43065110839188948252023-12-13T20:10:00.005+00:002023-12-22T22:22:22.061+00:00O que diz o silêncio do presépio<div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9p29-OKd47NjvLPAQZ77WaQ6HtsL-9HLKjJEfh8lwTJ_JaMGMLTNe50CaRoEs3no6apNOw9DTCY3LfgYCPU4ZccgHjlYjnw9yh-J4anC9LWPo_BRSSWi-gfmW9f-_-3jQm908lj2TJ8pvWJfM5E9vqpwjylzVSlwPyqSR_rYEG0aLzBSV_Fk5Mypsrrug/s1500/presepio_s_pedro.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="844" data-original-width="1500" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9p29-OKd47NjvLPAQZ77WaQ6HtsL-9HLKjJEfh8lwTJ_JaMGMLTNe50CaRoEs3no6apNOw9DTCY3LfgYCPU4ZccgHjlYjnw9yh-J4anC9LWPo_BRSSWi-gfmW9f-_-3jQm908lj2TJ8pvWJfM5E9vqpwjylzVSlwPyqSR_rYEG0aLzBSV_Fk5Mypsrrug/w400-h225/presepio_s_pedro.jpeg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Presépio da Praça de S. Pedro<br />Foto: REUTERS/Remo Casilli retirada <a href="https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2023-12/simbolos-presepio-papa-francisco.html">daqui</a></td></tr></tbody></table><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O presépio ainda vai aparecendo, mesmo nos espaços públicos, a recordar o que se celebra no Natal – o nascimento de Jesus em Belém!</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Este ano celebram-se os 800 anos do presépio ao vivo, idealizado por S. Francisco de Assis e representado durante a celebração da missa da meia-noite do Natal de 1223, em Greccio, no Vale de Rieti, em Itália.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">No sábado passado <a href="ttps://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2023-12/inauguracao-arvore-presepio-praca-sao-pedro-natal-2023.html">foi inaugurado o presépio</a> e iluminada a árvore, que costumam decorar nesta quadra natalícia a Praça de S. Pedro, no Vaticano homenageando esta iniciativa de S. Francisco. Como pano de fundo aparece o afresco que, em Greccio, assinala o local onde o santo fez a representação da Natividade. Com as tradicionais figuras de Jesus, Maria e José, está também representado o próprio S. Francisco e mais alguns frades franciscanos.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Na inauguração do presépio, o Papa apelou ao silêncio e à oração diante dele: “Silêncio para poder ouvir o que Jesus nos diz a partir daquela ‘cátedra’ singular que é a manjedoura. Oração para expressar a maravilha, a ternura e talvez as lágrimas que a cena da Natividade suscita em nós”, disse o Papa.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O bispo D. Carlos Azevedo recorda, no Facebook, que as representações de Maria com o Menino aparecem desde os primeiros séculos do cristianismo. Explica o sentido simbólico de alguns elementos do presépio, como a inclusão do boi (Israel) e do jumento (os pagãos), que não aparecem nos Evangelhos. O Cristianismo surge com a vocação universal de congregar todos os povos, mesmo os mais distantes, simbolizados pelos Reis Magos.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Um mundo em guerra, como é o nosso, precisa de olhar para o presépio e deixar-se contagiar pela sua mensagem de reconciliação e inclusão. Este mundo consumista, dominado pela agitação e ruído, deveria deixar-se interpelar pelo silêncio e despojamento de um Deus que escolheu nascer pobremente em Belém.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://www.jn.pt/5245682925/o-que-diz-o-silencio-do-presepio/" target="_blank">(Texto publicado no Jornal de Notícias de 06/12/2023)</a></div></div><p></p>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-89227149078323510282023-12-06T19:54:00.002+00:002023-12-22T22:23:33.401+00:00Papa apela à paz e à defesa do planeta<p class="Body1" style="border: medium; color: #333333; font-family: "Arial Unicode MS", sans-serif; margin: 0cm 13.8pt 0.0001pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman", serif;"></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQR7osSB6hdlEBRnsyJYkhCTo60xz9hd7U0EMu9QgGgCrnGM54Vlb9X9zFTi0D3j8qmnB_ZgXhJsAoB7ezP4akZUwHij3p6d8u66_MAHy8PCGp7ZrbBM43M_e-CBk8oMjIGAWVdMrNVxMmQ9B2vKicZ4ZqPuVgwbfjfg_laa0CWImAHe3kZajnzgLUYe71/s1640/cop28.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Foto: COP28" border="0" data-original-height="924" data-original-width="1640" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQR7osSB6hdlEBRnsyJYkhCTo60xz9hd7U0EMu9QgGgCrnGM54Vlb9X9zFTi0D3j8qmnB_ZgXhJsAoB7ezP4akZUwHij3p6d8u66_MAHy8PCGp7ZrbBM43M_e-CBk8oMjIGAWVdMrNVxMmQ9B2vKicZ4ZqPuVgwbfjfg_laa0CWImAHe3kZajnzgLUYe71/w400-h226/cop28.jpg" title="Foto: COP28" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: COP28</td></tr></tbody></table><div style="border: medium; color: #333333; font-family: "Arial Unicode MS", sans-serif; margin: 0cm 13.8pt 0.0001pt 1cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman", serif;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">As alterações climáticas e a guerra dominam a atualidade mundial. Decorre a 28º conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas – COP28 no Dubai. E a guerra grassa pelo planeta, merecendo maior destaque mediático entre nós a guerra na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Há, contudo, muitos outros conflitos espalhados pelo mundo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O Papa Francisco abordou estas questões no domingo numa curtíssima videomensagem (menos de dois minutos) a propósito da inauguração do “Pavilhão da Fé” no Dubai. Francisco começou por saudar a feliz iniciativa de, pela primeira vez numa COP, ter criado um espaço religioso – e lançou um apelo a todas as religiões para trabalharem em conjunto pela paz e pelo clima.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O Papa está bem consciente que, no passado como hoje, uma errónea conceção da religião ter servido e servir para desunir e promover o terrorismo e os conflitos armados. Da mesma forma, também certas conceções religiosas levam à falta de respeito pela criação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">É o caso de uma falsa interpretação da narração do Génesis na Bíblia, a qual sucede quando se focaliza a atenção apenas no mandato divino para dominar a terra (Cf. Gén 1, 28). Ora, não se pode esquecer que Deus confiou ao ser humano a criação para a cultivar e cuidar (Cf. Gén 2, 15).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O Papa convoca as religiões e propõe às nações uma aliança que não seja feita como habitualmente acontece entre elas. “O mundo, hoje, precisa de alianças que não sejam contra alguém, mas a favor de todos”. De facto, o mais comum é as nações unirem-se contra um inimigo comum, autodenominando-se “aliadas”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O Papa gostaria que se fizesse uma aliança global contra a guerra, ou, melhor ainda, pela paz. Do mesmo modo, as alterações climáticas deveriam ser assumidas como inimigas da humanidade, promovendo uma grande aliança em defesa do planeta enquanto “casa comum”.</span></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://www.jn.pt/3427606069/papa-apela-a-paz-e-a-defesa-do-planeta/" target="_blank">(Texto publicado no Jornal de Notícias de 06/12/2023)</a></span></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-85061241657002782312023-11-29T21:25:00.003+00:002023-12-22T22:24:50.672+00:00As verdadeiras imagens de Cristo Rei<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHYwFAg9vdLAJPksCnbPp10v1X6as8Qp9LYAcTfh7SXWrR_Ht-ShLwCKZm2dfPyglx5PGEe39Eq3dAAdv9mFDEwJtlo3ljBw00nTazvtV827cd3O0BaZtcxnsbBaWPTUfPdAppV4I9w1OthVOvD5fwAPFaghksRRxNWltKsQWWL7Nra4L4BaezcUaWwOmS/s1000/tive_fome_escultura.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHYwFAg9vdLAJPksCnbPp10v1X6as8Qp9LYAcTfh7SXWrR_Ht-ShLwCKZm2dfPyglx5PGEe39Eq3dAAdv9mFDEwJtlo3ljBw00nTazvtV827cd3O0BaZtcxnsbBaWPTUfPdAppV4I9w1OthVOvD5fwAPFaghksRRxNWltKsQWWL7Nra4L4BaezcUaWwOmS/w400-h400/tive_fome_escultura.jpeg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Escultura de Timothy P. Schmalz inspirada em Mt. 25, 40<br />Foto retirada <a href="https://shop.catholicsupply.com/when-i-was-hungry-and-thirsty-statue.aspx">daqui</a></td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: justify;">Os reis e os presidentes espalham as suas fotos oficiais pelos gabinetes e serviços públicos. Também Cristo Rei deixou aos crentes as suas fotografias para que dele se recordem. Bem diferentes das imagens dos reis e presidentes deste mundo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">No domingo passado, os católicos celebraram a Solenidade de Cristo Rei. O Evangelho recordava que cada um será julgado pelas vezes que viram Jesus, com fome ou sede, sem roupa ou sem abrigo, doente ou na prisão e lhe prestaram, ou não, assistência. Ou seja, esclarece Jesus, para quem não se deu conta dessas situações: Sempre que o “fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes” (Mt. 25, 40).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Este é o fundamento da solidariedade cristã. Não se trata de uma “caridadezinha” assistencialista ou de mera filantropia. Trata-se de ver no pobre, no doente, no refugiado, no sem-abrigo, no marginalizado, no recluso o rosto desfigurado de Cristo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por vezes, aqueles que são acolhidos nas nossas instituições descarregam sobre nós as suas frustrações, as suas feridas do passado, o seu sofrimento. Insultam-nos, reclamam e lançam sobre nós todos os impropérios. Mesmo nessas circunstâncias é o próprio Jesus que acolhemos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não é fácil ver o rosto de Jesus nos reclusos, sobretudo quando lhe são atribuídos certos crimes hediondos. Contudo, para os cristãos continua a ser Jesus que visitam na cadeia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As verdadeiras imagens de Cristo Rei são os rostos desfigurados pela pobreza, pelo sofrimento, pela doença, pela marginalidade ou pela reclusão. São esses que reclamam o empenhamento dos cristãos, para lhes prestar assistência. Porém, não se esgota aí a sua ação. Têm também de se envolver e comprometer na luta contra as causas que conduzem essas pessoas à pobreza, à marginalização ou à exclusão social.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">São essas as “fotos” de Cristo Rei espalhadas pelo mundo!</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.jn.pt/5248353976/as-imagens-de-cristo-rei/" target="_blank">(Texto publicado no Jornal de Notícias de 29/11/2023)</a></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-58280673208036543462023-11-22T12:50:00.006+00:002023-12-25T22:06:28.195+00:00O que leva clérigos à maçonaria?<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-indent: 1cm;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPGcYKeXgdv0mHYOTSgRecdIWIRBLeYGHUVftUPyPZ9pNEtU48XO56kOaoI2gSa_54nWHepLkXvAAVTxoFUyr5IxFHmn-eW0JHGYOjvxeF-YoxGxxYYSIx-zloQvORTtgYyhT5nBclTghocrs0CV0hZmYKjD5bjszvFh2AUay8cn8HRAXVnU6Z0g-KAIOw/s3553/maconaria_cristao.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1952" data-original-width="3553" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPGcYKeXgdv0mHYOTSgRecdIWIRBLeYGHUVftUPyPZ9pNEtU48XO56kOaoI2gSa_54nWHepLkXvAAVTxoFUyr5IxFHmn-eW0JHGYOjvxeF-YoxGxxYYSIx-zloQvORTtgYyhT5nBclTghocrs0CV0hZmYKjD5bjszvFh2AUay8cn8HRAXVnU6Z0g-KAIOw/w400-h220/maconaria_cristao.jpeg" width="400" /></a></div><br />A maçonaria não é conciliável com a fé católica. Apesar desta evidência, não falta quem tente, pelas mais diversas formas, procurar demonstrar que se pode ser maçom e católico.</span></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O Código de Direito Canónico (a lei da Igreja Católica), promulgado por S. João Paulo II a 25 de janeiro de 1983, não referia explicitamente que não é permitido aos católicos aderir às lojas maçónicas, </span><span style="font-family: inherit;">contrariamente ao de 1917. Um dia antes da entrada em vigor desse Código, a 26 de novembro de 1983, a então Congregação para a Doutrina da Fé, agora Dicastério, publicava uma declaração, em que esclarecia que os princípios maçónicos são “inconciliáveis com a doutrina da Igreja”. Por essa razão, continuava a ser “proibida pela Igreja” a adesão à maçonaria dos seus fiéis.</span></div></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A 10 de março de 1985, a mesma Congregação publicou um texto com uma reflexão sobre a “inconciliabilidade entre fé cristã e maçonaria”, no qual eram reunidos exemplos retirados de documentos papais e outros textos do magistério. Entre outros argumentos, declarava-se que “um cristão católico não pode participar ao mesmo tempo na plena comunhão da fraternidade cristã e, por outro lado, olhar para o seu irmão cristão, a partir da perspetiva maçónica, como para um ‘profano’”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Na semana passada, o Dicastério para a Doutrina da Fé, voltou a clarificar que não é permitido aos católicos aderirem à maçonaria. O grão-mestre do Grande Oriente Lusitano criticou essa posição e referiu que a maçonaria “acolheu e acolhe no seu seio, não só importantes figuras da Igreja Católica, como também simples fiéis católicos”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Que católicos menos informados não consigam identificar qualquer “antagonismo” entre essas duas instituições, é admissível. Estranho é que os clérigos desconheçam as normas da Igreja, e os documentos por ela produzida, e continuem a aderir à maçonaria.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.jn.pt/3700309083/o-que-leva-clerigos-a-maconaria/" style="color: #888888; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">(Texto publicado no Jornal de Notícias de 20/12/2023)</span></a></div></span></span></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-88681179574598079142023-11-15T17:54:00.010+00:002023-12-25T22:08:27.666+00:00O contributo da Igreja para a democracia<div style="text-align: left;"><span style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><div class="separator" style="clear: both; font-family: inherit; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM8ywguFMRSj4EyBV42r_PviWvd2i9iQ7XQZIH8ndFov5zEIKdIW_geV3A_RZ6y-Ge-ltKla7ehgBSlmdHgFXmelehlOs4Aa-ClnDKGPmn0DlVJZySN3aBBcaCfYnHjRsVRGioPJ3A9F7WOp_kgFBotbcStoDz2IiL-0fDue3U9Ef6WOmq_DsUHzjR5eVj/s1200/igreja_democracia.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM8ywguFMRSj4EyBV42r_PviWvd2i9iQ7XQZIH8ndFov5zEIKdIW_geV3A_RZ6y-Ge-ltKla7ehgBSlmdHgFXmelehlOs4Aa-ClnDKGPmn0DlVJZySN3aBBcaCfYnHjRsVRGioPJ3A9F7WOp_kgFBotbcStoDz2IiL-0fDue3U9Ef6WOmq_DsUHzjR5eVj/w400-h266/igreja_democracia.jpeg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;">A situação social do país já estava na agenda da reunião dos bispos que decorre em Fátima desde segunda até amanhã. Acresce agora a crise política desencadeada pela demissão do primeiro-ministro.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;">No discurso de abertura da reunião, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Ornelas, alertou para o clima de “revolta” e “conflitualidade” devido à crise económica que afeta o país, agora agravada com uma crise política. Para o presidente da CEP, “cresce a frustração e a revolta, especialmente entre os mais vulneráveis, como também a desilusão e a apatia desmobilizadora”.</span></div></span><div style="text-align: left;"><div style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit; text-align: justify; text-indent: 1cm;"><br /></span></div><span style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;">Esta conjuntura é um “campo fértil para manipulações e messianismos populistas que minam os fundamentos de uma autêntica democracia”, alertou D. José Ornelas. É preciso que todos, particularmente os cristãos, não se deixem abater e vençam a apatia que se pode instalar. “Neste momento é quando é mesmo necessário participar, seja na atividade direta e ativa na vida política, seja no elementar direito e dever de votar”, disse o bispo de Leiria-Fátima.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;"><br /></span></div></span><span style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;">Nos anos 60 e 70 a Igreja em Portugal contribuiu, sobretudo através da Ação Católica, para a formação de muitos e reconhecidos políticos nacionais. Foram tempos que precederam e prepararam o regime democrático em que vivemos há quase 50 anos. Este, no entanto, corre o risco de se degradar – e até de desaparecer – se não for devidamente cuidado. É necessário, por isso, que todos se empenhem para o defender e salvaguardar. Também a Igreja!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;"><br /></span></div></span><span style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><div style="text-align: justify;"><span style="text-indent: 1cm;"><span style="font-family: inherit;">Oxalá os bispos reunidos em Fátima, para além de refletirem sobre a crise económica e política do país, encontrem formas de levar os católicos a envolverem-se mais nas questões sociais, económicas e políticas. Novos atores são bem-vindos para revitalizar a democracia portuguesa com os contributos da doutrina social da Igreja.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-indent: 1cm;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-indent: 42.533333px;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://www.jn.pt/3341915178/o-contributo-da-igreja-para-a-democracia/" target="_blank">(Texto publicado no Jornal de Notícias de 15/11/2023)</a></span></span></div></span></div></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-76497788312896624452023-11-08T19:07:00.006+00:002023-12-25T19:14:48.375+00:00O Sínodo e as mulheres nos seminários<div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheTKKAVwEQdXcNB-FJy4PImUOKRyBNToOGi_OQm5ugVyTltSGL9GhZhQ6J13Ikx5jDO-soCDx__9Z9OQ687IoWEw-HClnk5rKlCUoLqn-0-OfTouNIt1R5xlXgO6D3sZbQmVfhb2cP4uKgUngOJjGhcxlUIungJuq5P49JxO4vDD3gDLNCZ6qx67rIVi3_/s9129/sinodo_21_23.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="8032" data-original-width="9129" height="353" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheTKKAVwEQdXcNB-FJy4PImUOKRyBNToOGi_OQm5ugVyTltSGL9GhZhQ6J13Ikx5jDO-soCDx__9Z9OQ687IoWEw-HClnk5rKlCUoLqn-0-OfTouNIt1R5xlXgO6D3sZbQmVfhb2cP4uKgUngOJjGhcxlUIungJuq5P49JxO4vDD3gDLNCZ6qx67rIVi3_/w400-h353/sinodo_21_23.jpeg" width="400" /></a></div><br />O relatório síntese da primeira sessão do Sínodo que, em outubro, decorreu em Roma, solicita que “se verifique de forma aprofundada a formação para o ministério ordenado à luz da perspetiva da Igreja sinodal missionária”. No relatório propõem-se diversas sugestões a ter em conta na formação dos candidatos a padres, para que estes possam servir melhor “uma Igreja mais próxima das pessoas, menos burocrática e mais relacional”. Esta é, em síntese, a Igreja sinodal que se quer promover.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;"><br /></span></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Os padres, em chave sinodal, “são chamados a viver o seu serviço ao Povo de Deus numa atitude de proximidade às pessoas, de acolhimento e de escuta de todos e a cultivar uma profunda espiritualidade pessoal e uma vida de oração”. Essas exigências deverão levar as dioceses a “repensar os estilos e os percursos formativos” dos candidatos ao ministério sacerdotal, bem como</span><span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit;">“</span><span style="font-family: inherit;">promover o exercício da autoridade num estilo apropriado a uma Igreja sinodal”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Os seminários, segundo o relatório, não deverão “criar um ambiente artificial, separado da vida comum dos fiéis”, mas diretamente ligados à vida concreta das pessoas e das comunidades: “O Povo de Deus deve estar amplamente representado na formação dos ministros ordenados”, lê-se. Propõe-se que se valorize “o contributo feminino e a cooperação das famílias” nesse percurso formativo: “Insiram-se as mulheres nos programas de ensino e formação dos seminários para favorecer uma melhor formação para o ministério ordenado”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Nos dias em que a Igreja em Portugal está a viver a Semana de Oração pelos Seminários, o Sínodo abre perspetivas para a revisão profunda d</span><span style="font-family: inherit;">a formação ministrada aos futuros padres. É um apelo lúcido, este que vem de Roma. É preciso responder-lhe com coragem, e com espírito reformista, para reinventar percursos formativos para uma Igreja mais sinodal.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.jn.pt/5123707527/o-sinodo-e-as-mulheres-nos-seminarios/" style="color: #888888; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">(Texto publicado no Jornal de Notícias de 08/11/2023)</span></a></div></o:p></span></span></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-63585964687959229322023-11-01T19:14:00.002+00:002023-12-25T22:09:26.339+00:00Tornar o Sínodo o “modus vivendi”<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-indent: 1cm;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDiP_nPH7Jb8Lfn85i7cSoGvKbKO1yNQmnnO_yRWgxsm_RBbvIl029O0RLig1wHb3ebLnLVq2_p9KzgcpVzw3kAjdPlXbvYJHflHW0r7I94K_WnrcJjMvksjHFRaA8Ys5yQRmVGWdwZxRchvHgRqsI1tSYvCxwECUMmeSvckpBcd9WDfjkd4Y_8dT3uRB8/s1024/relatorio_sinodo_bispos_21_23.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="577" data-original-width="1024" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDiP_nPH7Jb8Lfn85i7cSoGvKbKO1yNQmnnO_yRWgxsm_RBbvIl029O0RLig1wHb3ebLnLVq2_p9KzgcpVzw3kAjdPlXbvYJHflHW0r7I94K_WnrcJjMvksjHFRaA8Ys5yQRmVGWdwZxRchvHgRqsI1tSYvCxwECUMmeSvckpBcd9WDfjkd4Y_8dT3uRB8/w400-h225/relatorio_sinodo_bispos_21_23.jpeg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto retirada <a href="https://diocesedecrato.org/sinodo-santa-se-divulga-relatorio-de-sintese-em-lingua-portuguesa/" target="_blank">daqui</a></td></tr></tbody></table><br />O maior legado que o Papa Francisco deixará à Igreja será a recuperação do seu carácter sinodal. Não é algo revolucionário, porquanto se trata de um regresso às origens e à sua origem – Jesus Cristo. Implica, contudo, uma revolução no seu funcionamento.</span></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;">Tal como Jesus, o Papa pretende que a Igreja acolha, escute e acompanhe todos os que a ela pertencem ou dela se aproximem. Por isso, o Sínodo que está a decorrer desde 2021 e só se encerrará em 2024 procurou promover a escuta a nível local, regional e continental. Com contributos vindos de todo o mundo, reuniu-se o Sínodo dos Bispos em Roma, desde o dia 7 de outubro até ao passado sábado. Foi a sua primeira sessão, a qual será seguida de uma segunda em outubro de 2024</span></div></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;">Pela primeira vez, para além dos bispos de todo o mundo, participaram outros homens e mulheres com direito a voto. Foi dada liberdade de expressão a todos os participantes e promoveu-se um ambiente de escuta recíproca.</span></div></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-indent: 1cm;">Até aqui a preocupação dos intervenientes em sínodos, quase exclusivamente bispos, era dizer o que o Papa esperava ouvir e confirmar as suas orientações para a Igreja. Agora, até os críticos do Papa tiveram assento no Sínodo e foram convidados a falar, apelando-se apenas para que não se fixassem nas suas posições e soubessem acolher as dos outros, para todos fazerem “caminho juntos”. É isso que significa a palavra “sínodo”.</span></div></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="text-indent: 1cm;"><span style="font-family: inherit;">O relatório final desta primeira sessão do Sínodo expõe os pontos de convergência alcançados e as questões que exigem aprofundamento, sublinhando as propostas para implementar a dinâmica sinodal na vida da Igreja. O Sínodo dos Bispos deixou de ser um acontecimento para se converter num processo estrutural constitutivo da própria Igreja. Sendo já um facto, este processo exige ainda muita conversão pessoal e comunitária à nova forma de funcionamento.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-indent: 1cm;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.jn.pt/7667081217/tornar-o-sinodo-o-modus-vivendi/" style="color: #888888; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">(Texto publicado no Jornal de Notícias de 08/11/2023)</span></a></div></span></div>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-8038023310138912992023-10-25T19:19:00.003+01:002024-01-05T19:21:54.005+00:00Próximo Papa será asiático ou africano<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="text-indent: 1cm;"><span style="font-family: inherit;">A Agência Fides divulga todos os anos, no Domingo das Missões, uma radiografia da situação da Igreja Católica no mundo. Essa efeméride celebrou-se no domingo passado e foram divulgados os dados relativos a 2021.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-indent: 1cm;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">Quem olhar para o número absoluto dos católicos, ficará satisfeito porque aumentou mais de 16 milhões em relação ao ano anterior. São agora mais de 1.375 milhões. Quem se fixar na percentagem da população mundial que é católica, essa diminuiu em 0,06%. É agora de 17,67%.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">Consultando as estatísticas relativas aos primeiros vinte anos deste século e milénio, verifica-se que, em todos os continentes, aumentaram os católicos (+315 milhões do que em 2001) e que a sua percentagem variou pouco (+0,37%). Esta só diminuiu na Europa (-0,39%), em que ainda 39,58% da população se declara católica, e na Oceânia (-0,83%) onde há quase 11 milhões de católicos – 25,94% da sua população.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">Na América, onde se verifica a percentagem mais elevada: 64,08%, aumentou 1,38%. Continua a ser o continente onde há mais católicos, 660 milhões, e foi aquele em que estes mais aumentaram: 132 milhões. A África tem o maior aumento percentual (+2,61%), que significou quase uma duplicação dos católicos – de 135 para 265 milhões: são agora 19,38% da sua população. Este continente está quase a ultrapassar os 286 milhões de católicos europeus, que apenas aumentaram 5 milhões e meio.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">Na Ásia verifica-se a percentagem mais baixa, 2,89%, e um aumento de apenas 0,43%. Contudo, passou de 108 para 153 milhões de católicos. Tendo em conta que naquelas paragens os que se declaram católicos são-no, de facto, já serão bem mais do que os praticantes na Europa ou na América.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;">A Igreja Católica está a tornar-se cada vez mais africana e asiática. Por isso, será natural que o próximo Papa seja oriundo de um desses continentes.</div><div style="text-align: justify;"><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtI-z2Q8CSdXTTIL9vUxNIDBgqX9kChGFdnAwZSLlOCtSrB1LZmnsuB2Km8QQKiDHYg7GVBORwYo2IgSf4tMFwIB1sqpWyX5VkuYOpGUKyzcdNVvaUfN901EA34jSa2wmWMcNOLRnR1d2IzlewZNFPjp197U_hM0YPV27Mp87UDy1F_X378HxczJF3JZoZ/s1600/cardinal-peter-turkson-luis-antonio-gokim.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtI-z2Q8CSdXTTIL9vUxNIDBgqX9kChGFdnAwZSLlOCtSrB1LZmnsuB2Km8QQKiDHYg7GVBORwYo2IgSf4tMFwIB1sqpWyX5VkuYOpGUKyzcdNVvaUfN901EA34jSa2wmWMcNOLRnR1d2IzlewZNFPjp197U_hM0YPV27Mp87UDy1F_X378HxczJF3JZoZ/s320/cardinal-peter-turkson-luis-antonio-gokim.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: whitesmoke; caret-color: rgb(102, 102, 102); color: #666666; text-align: left;">Cardeal Peter Turkson, à esquerda, e Cardeal Luis Tagle, à direita, apontados pela </span><span style="color: #666666;"><span style="caret-color: rgb(102, 102, 102);">Newsweek, a 21/06/2022, como possíveis sucessores do Papa Francisco. Foto: GETTY/AP,</span></span><span style="background-color: whitesmoke; text-align: left; text-transform: uppercase;"><span style="font-family: inherit;"> </span></span><span style="color: #666666;"><span style="caret-color: rgb(102, 102, 102);">retirada <a href="https://www.newsweek.com/black-asian-pope-tipped-succeed-francis-if-he-resigns-1717474" target="_blank">daqui</a>.</span></span></td></tr></tbody></table></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #888888; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration: none; widows: 2;"><a href="https://www.jn.pt/2706179456/proximo-papa-sera-asiatico-ou-africano/" style="background-color: white; color: #888888; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration: none; widows: 2;" target="_blank">(Texto publicado no Jornal de Notícias de 25/10/2023)</a></span></div></span></span></div><p class="Body1" style="border: medium; color: #333333; font-family: "Arial Unicode MS", sans-serif; margin: 0cm 13.8pt 0.0001pt 1cm; text-indent: 1cm;"><o:p></o:p></p>Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-91790526681177653902018-06-11T17:44:00.000+01:002018-06-11T17:47:03.576+01:00Papa confronta os potentados do capitalismo<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4Q0FJyqpIuZSV9lcH9RHNp3NpoCcDc4PycUB_2KEQHC17R_eMqmfLB3p4YUsmJQIkVnjjU2Da2gHC4G1_KjHrCtv42HwV4tuuQYljRyJXYEN2cEbMjREm6hOiUVEskZh7T4JqG3ur3d5S/s1600/Papa-Francisco-sala-clementina-petroliferas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="422" data-original-width="750" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4Q0FJyqpIuZSV9lcH9RHNp3NpoCcDc4PycUB_2KEQHC17R_eMqmfLB3p4YUsmJQIkVnjjU2Da2gHC4G1_KjHrCtv42HwV4tuuQYljRyJXYEN2cEbMjREm6hOiUVEskZh7T4JqG3ur3d5S/s320/Papa-Francisco-sala-clementina-petroliferas.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Encontro do Papa com os dirigentes das principais <br />
empresas do setor petrolífero, do gás natural <br />
e de outras atividades ligadas à energia</td></tr>
</tbody></table>
<div class="selectionShareable" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2022; letter-spacing: 0.02em; margin-bottom: 2.5rem;">
<span style="font-family: inherit;">Reuniram-se no Vaticano, este fim de semana, os dirigentes das principais empresas do setor petrolífero, do gás natural e de outras atividades ligadas à energia, como são os fundos de investimento. O Papa Francisco recebeu-os no sábado e desafiou-os "a ser o núcleo de um grupo de líderes que imaginem a transição energética global que tenha em conta todos os povos da Terra, bem como as futuras gerações, todas as espécies e os ecossistemas".</span><br />
<span style="font-family: inherit; letter-spacing: 0.02em;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; letter-spacing: 0.02em;">Já na encíclica "Laudato si"", dedicada às questões ambientais, o Papa tinha referido que a "tecnologia baseada nos combustíveis fósseis deve ser, progressivamente e sem demora, substituída" (n.o 165). Agora pede aos produtores e investidores nesse tipo de tecnologia "para evitar mudanças climáticas desastrosas que possam comprometer o bem-estar e o futuro da família humana e da casa comum", um compromisso sério numa "transição que faça crescer constantemente o uso de energia com alta eficiência e baixo nível de poluição".</span><br />
<span style="background-color: transparent; font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="background-color: transparent; font-family: inherit;">Todo o artigo, publicado no JN de 11/06/2018, pode ser lido </span><a href="https://www.jn.pt/opiniao/fernando-calado-rodrigues/interior/papa-confronta-os-potentados-do-capitalismo-9429346.html" style="background-color: transparent; font-family: inherit;" target="_blank">aqui</a></div>
Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-60241115725529765982018-01-29T14:54:00.001+00:002018-01-29T14:54:26.597+00:00Pedofilia e críticas ao Papa<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL0GWUT9N4S4XC0szP8PbHqLcCRyneQwDiHyBCthssymSy49QU1hztkJXRV1wuhplrVzz3myiBcicZXWQ_UTUddZOR__tRjvwFp2HDteH0Wx46zlnUg3WFB6GUgJoRK5gkUmxlmi12AAs7/s1600/papa_chile_pedofilia.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="308" data-original-width="460" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL0GWUT9N4S4XC0szP8PbHqLcCRyneQwDiHyBCthssymSy49QU1hztkJXRV1wuhplrVzz3myiBcicZXWQ_UTUddZOR__tRjvwFp2HDteH0Wx46zlnUg3WFB6GUgJoRK5gkUmxlmi12AAs7/s320/papa_chile_pedofilia.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Papa pediu desculpa, a bordo do avião de regresso a Roma, <br />pela forma como se referiu à polémica <br />que envolve o bispo de Osorno, Juan Barros Madrid<br />Foto REUTERS/Alessandro Bianchi retirada <a href="https://www.terra.com.br/noticias/mundo/papa-francisco-pede-desculpas-por-comentario-sobre-abuso-sexual-que-feriu-muitos,8f44999f27d31fc043451c1df4f02dfbooxh1428.html" target="_blank">daqui</a></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Agora escrevo todas as segundas no JN. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Esta semana escrevo sobre a questão que ensombrou a visita do Papa ao Chile e as críticas que vão surgindo contra a sua atuação e a forma como se aceitavam ou não em relação aos seus antecessores.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">"<span style="background-color: white; color: #1d2022; letter-spacing: 0.38px;">No passado, não se podia manifestar a mínima discordância com o que o Papa dizia ou fazia. Nem se podia pôr em causa a orientação que ele dava à Igreja. Curiosamente, os que antes eram os maiores defensores dessas teses, ao longo do pontificado de Francisco foram mudando de opinião. Primeiro, começaram por o criticar em surdina. Rapidamente, começaram a fazê-lo aberta e publicamente. E chegaram a enviar documentos ao Papa em que põem em causa a sua ortodoxia. Continuam hoje a fazê-lo de forma velada, com métodos e expressões pouco evangélicas"</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #1d2022; letter-spacing: 0.38px;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Todo o artigo pode ser lido <a href="https://www.jn.pt/opiniao/fernando-calado-rodrigues/interior/pedofilia-e-criticas-ao-papa-9080977.html" target="_blank">aqui</a>.</span></div>
Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1090753546295439624.post-56137891761857571232018-01-20T18:59:00.001+00:002018-01-20T18:59:05.451+00:00A resposta de Braga aos recasados<a href="https://www.jn.pt/opiniao/convidados/interior/a-resposta-de-braga-aos-recasados-9061501.html#.WmORaE6OExM.blogger">A resposta de Braga aos recasados</a>: A arquidiocese de Braga - apesar da sua história milenar e de muitas vezes ser considerada conservadora e até retrógrada - está a ser pioneira ao olhar de frente para os problemas da família, em particular para os dos divorciados a viver numa nova união civil. Está portanto, desta forma, a corresponder aos desafios que o Papa Francisco propôs à Igreja na Exortação Apostólica 'Alegria do Amor'.Fernando Calado Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/14151159569741183755noreply@blogger.com0