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O Papa Francisco dedica aos mais pobres uma atenção
privilegiada. Na Evangelii Gaudium escreveu: “O Papa ama a todos, ricos e
pobres, mas tem a obrigação, em nome de Cristo, de lembrar que os ricos devem
ajudar os pobres, respeitá-los e promovê-los” (nº58).
No mesmo texto adverte que “o crescimento equitativo
exige algo mais do que o crescimento económico, embora o pressuponha – requer
decisões, programas, mecanismos e processos especificamente orientados para uma
melhor distribuição dos rendimentos, para a criação de oportunidades de
trabalho, para uma promoção integral dos pobres que supere o mero
assistencialismo”.
Em sintonia com o Papa, o Pontifício Conselho Justiça e
Paz promoveu, em 2014, um congresso para refletir sobre o investimento ao
serviço do bem comum, na linha da Evangelii Gaudium. “A solidariedade com os
pobres e com os excluídos estimulou-vos a refletir sobre uma forma emergente de
investimento responsável, conhecida como Impact
Investing”, disse então o Papa aos congressistas. E desafiou-os a “estudar
formas inovadoras de investimento, que possam proporcionar benefícios às
comunidades locais e ao ambiente circunstante”.
Durante esta semana reuniram-se no Vaticano académicos,
políticos e clérigos para estudar o impacto dos investimentos no combate à
pobreza. Este ano pretende-se aprofundar “como a Igreja Católica e outras
instituições religiosas podem canalizar o resultado dos investimentos para
sustentar a sua própria missão social”. E, também, como “ desenvolver
estratégias para captar investimentos privados em ordem a servir os mais pobres
e os mais vulneráveis”, disse o cardeal Peter Turkson, presidente da Justiça e
Paz.
É importante que a Igreja, em relação à pobreza, vá
vencendo a tentação do “mero assistencialismo”. E que saiba encontrar novas
formas para financiar e gerir a luta contra as suas causas estruturais.
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