Fernando Santos, selecionador nacional de futebol Foto: Carlos Barroso, retirada daqui |
Na conferência de imprensa da final do Euro 2016, Fernando
Santos, o selecionador nacional de futebol, surpreendeu os jornalistas ao ler
um texto antes de responder às suas questões. Esse texto foi escrito quando
muitos criticavam a seleção e desconfiavam do seu sucesso. Nessa altura, todavia,
ele continuava a acreditar e escreveu o discurso da vitória.
Nas suas primeiras palavras agradeceu a Deus a vitória.
Refere todos os que contribuíram para ela e as pessoas que lhe são mais
próximas. Termina a dedicar a vitória a Jesus Cristo e à sua Mãe e a
agradecer-lhe por “ter sido convocado” e por lhe ter sido concedido “o dom da
sabedoria, perseverança e humildade para guiar esta equipa e Ele a ter
iluminado e guiado”.
É frequente muitos dos protagonistas do desporto rei
terem gestos religiosos, como o sinal da cruz ao entrar em campo, e até
agradecerem a Deus os seus sucessos. Contudo é muito raro ouvir-se testemunhar
a fé com a clareza e a profundidade de Fernando Santos. As suas palavras não foram
de circunstância, antes o resultado de uma vivência interior profunda que soube
transmitir com verdade. Não foi pelo que disse, nem pela forma, mas pela sua autenticidade
que recolheu os aplausos dos que assistiam.
Ficou também bem patente a sua leitura crente dos
acontecimentos. Como crente, acredita que Deus lhe confiou a missão de conduzir
a seleção nacional. Que não o abandonou, mesmo quando muitos dele desconfiavam.
E, por isso, é com humildade que Fernando Santos recolhe o sucesso e o converte
num voto de tom jesuítico: “Espero e desejo que seja para glória do Seu nome”.
O lema proposto por S. Inácio de Loiola aos jesuítas é: “Ad maiorem Dei gloriam” (Para maior glória de Deus).
A Igreja Católica precisa de mais crentes que consigam
dar testemunho da sua fé, desta forma autêntica e esclarecida, no púlpito dos meios
de comunicação social.
Um dia alguém te disse: Cristo conta contigo, e eu com a sua Graça...Decolores
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