S. Filipe Néri Foto retirada daqui |
Vai para
Roma, onde começa por ser perceptor dos filhos de um nobre, mas, por opção, acaba
a viver no meio de jovens a que hoje chamaríamos sem abrigo. Era alvo da sua
chacota, mas tudo ultrapassava com bom humor para ganhar a sua confiança e
motivá-los a uma mudança de vida e à prática religiosa.
É ordenado sacerdote
e dedica-se a guiar espiritualmente pobres e ricos, príncipes e plebeus. Criou os
“Oratórios”, comunidades de padres que vivem num ambiente de alegria e simplicidade,
dedicados aos mais necessitados e em que se prefere a mortificação espiritual à
corporal, sobretudo da vaidade.
S. Filipe
Néri ficou conhecido como o “Apóstolo de Roma” e o “Santo da Alegria”. Homem
culto e criativo, gostava de introduzir nos seus sermões apontamentos bem-humorados.
Algo que não é muito habitual em ambientes católicos. Um bom sermão é, ainda, o
que comove os ouvintes e não o que os faz rir. Embora não faltem exemplos de
quem se aventure por outros caminhos.
Papa João Paulo I Foto retirada daqui |
Papa Francisco Foto retirada daqui |
“A
descontração teológica com que falava irritava os guardiões da ortodoxia. A
recusa dos símbolos do poder e das suas pompas era inquietante. Acabou por
semear o pânico, quando mostrou que iria mexer nos métodos da Cúria romana”. Dizia,
então, frei Bento, algo que se aplica hoje ao atual Papa: uma nova lufada de
bom humor no seio da Igreja Católica.
(Texto publicado no Correio da Manhã de 29/05/2015)
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