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Os pobres na escadaria de S. Maria Maior à espera do Papa |
Foram eles que ditaram a escolha do nome Francisco. Dias após a sua eleição, ele próprio revelou aos jornalistas que o cardeal brasileiro Cláudio Hummes lhe tinha recomendado que não esquecesse os pobres. Foi isso que o levou a escolher o nome do “Poverello de Assis”.
Contudo, mais importante do que a escolha do nome, foi a sua reiterada opção preferencial pelos mais pobres, aos quais sempre dedicou particular atenção. Se há palavras que caracterizam o seu pontificado, são as das denúncias das situações em que tantos homens e mulheres foram descartados pela sociedade.
A esta prioridade ficou intimamente ligado um conceito que ele repetiu muitas vezes: as periferias existenciais e geográficas. Francisco procurou sempre incluir e aproximar-se daqueles que estavam mais distantes. Ao ponto de, na Evangelii Gaudium, a sua Exortação Apostólica programática, pedir uma “Igreja em saída” que vá ao encontro daqueles que andam longe, que se antecipe às necessidades de todos. Introduziu mesmo um neologismo: “primeiriar”.
A “guarda de honra” que acompanhou o caixão foi uma ideia de D. Benoni Ambarus, delegado para sector da caridade do episcopado italiano. Foi acolhida por quem organizou o funeral porque traduziu bem aquela que foi a preocupação do Papa até ao fim do seu Pontificado: que os últimos fossem os primeiros. Do funeral para a práxis dos pastores, que estes primeiros o continuem a ser na atenção e nas iniciativas eclesiais.