O Papa Francisco nomeou 21 novos cardeais, 18 bispos e 3 padres. Receberão o barrete vermelho no dia 8 de Dezembro. O Colégio Cardinalício tem como principal missão eleger o Papa. Passa a ser constituído por 235 elementos, dos quais 141 com direito de voto (menos de 80 anos). Ultrapassa em muito o número dos 120 que a legislação em vigor recomenda. Porém, 15 destes ultrapassarão até ao final de 2025 os 80 anos. Serão, então, menos de 126 os eleitores.
Quando foi convocado o Conclave que viria a eleger o Papa Francisco, havia 207 cardeais, dos quais 117 abaixo dos 80 anos. Acabaram por nele participar 115.
As escolhas de Francisco, para além de ampliarem o número de cardeais eleitores, têm vindo a alterar a fisionomia do Colégio Cardinalício. Em 2013, foi eleito por cardeais de 48 países. Os eleitores saídos do próximo Consistório passarão a representar 72 países.
Entre 2013 e 2024, a Europa é o único continente em que o número de cardeais eleitores diminuiu. Passaram de 60 para 55. Em 2013, representavam quase metade do colégio eleitoral. Com a recente nomeação de novos cardeais, passarão a ser um pouco mais de um terço.
A Ásia é onde se verificou o maior aumento, passaram de dez para 26 cardeais. Em 2013, representavam seis países, agora 17. Segue-se África, com um aumento de 11 para 18 cardeais e de dez para 17 países. Nas Américas o número de cardeais aumentou de 33 para 38 e na Oceânia de 1 para 4.
Todos estes números manifestam a visão estratégica de Francisco e acompanham a evolução do número de católicos nos diferentes continentes. Na Europa os católicos têm diminuído e na África têm aumentado. A Ásia é o continente com o maior potencial de crescimento.
Justifica-se o maior investimento do Papa na Ásia, sem negligenciar os países africanos, que se seguem nas suas escolhas cardinalícias.
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