Estudantes da Universidade Católica de Lovaina questionam o Papa sobre o papel da mulher na Igreja |
Foi lida uma carta de professores e estudantes com questões como a desigualdade social, a crise climática e o papel das mulheres na Igreja Católica. Na resposta, o Papa disse que “não é o consenso nem são as ideologias que sancionam o que é caraterístico da mulher”. E destacou a centralidade da mulher no acontecimento salvífico, nomeadamente pelo “sim” de Maria que permitiu que Deus viesse ao mundo. Contudo, não avançou tanto como alguns desejavam.
Minutos após o Papa ter proferido essas palavras, a universidade divulgou um comunicado em que se lamentavam “as posições conservadoras expressas pelo Papa Francisco sobre o papel das mulheres”.
Os extremos tocam-se, pois, no ataque ao Papa.
Uns não entendem que uma Igreja fechada sobre si mesma, que não é sensível aos desafios que o mundo lhe coloca, é a negação de um Deus em que dizem acreditar. Outros pretendem que se avance tão rapidamente que nem valorizam os passos que o Papa já deu. Nomeadamente, ter colocado mulheres onde elas nunca estiveram, como o Sínodo dos Bispos.
Ainda não entenderam que este Papa lança processos, não com voluntarismo, mas com os métodos abertos e a velocidade lenta que são indispensáveis às grandes mudanças estruturais. Não se mudam 20 séculos numa década. Serão precisos alguns anos para que a reforma iniciada se concretize. É desta forma, com diálogo e o ritmo certo, que se alcançará o que muitas e muitos anseiam.
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