Papa celebra no Cenáculo Foto: AFP PHOTO/ POOL/ ANDREW MEDICHINI retirada daqui |
Três cardeais criaram um grupo de apoio ao Papa a que deram o nome de “Cenáculo
do Papa Francisco”. Na intimidade do Cenáculo, Jesus tomou a última ceia com os
seus apóstolos para, depois, enfrentar a sua paixão e morte na cruz.
Deixou-lhes as suas últimas recomendações e a promessa de estar sempre com
eles.
Walter Kasper, Francesco Coccopalmerio e Gualtiero Bassetti, cardeais
próximos do Papa, agregaram a si outros clérigos e leigos, homens e mulheres,
teólogos e jornalistas, e organizam-se para difundir as ideias do Papa cerrando
fileiras contra os “lobos” que continuam a acossar o líder da Igreja Católica –
relata o sítio de informação religiosa “Religión Digital”, que classifica esta
iniciativa como um “clube de defensores das reformas de Bergoglio”.
Juntaram-se para, em primeiro lugar, “defender o papado e o atual bispo de
Roma”; e, em segundo, “difundir o seu pensamento, as suas ideias sobre a Igreja,
a sua teologia do povo e para o povo, a sua sensibilidade evangélica e a sua proximidade
a toda o tipo de pessoas, sejam quais forem as suas ideias e crenças”, declarou a esse sítio o teólogo José María Castillo.
Para este sacerdote jesuíta é mais relevante “defender a vida das pessoas, a
dignidade dos seres humanos, os direitos de todos”, do que “defender ‘dogmas’ e
a ‘ortodoxia’ doutrinal”, ainda que isso seja importante. Esse posicionamento
está alinhado com o Papa que está “profundamente convencido que só mediante o Evangelho,
feito vida em nós, a Igreja tem sentido e pode cumprir a sua missão no mundo”.
Seria bom que nas dioceses espalhadas pelo mundo se replicasse essa ideia e
surgissem grupos que congregassem personalidades relevantes em torno das ideias
do Papa Francisco. E que fizessem a sua inculturação no contexto local em que professam
a sua fé.
(Texto publicado no Correio da Manhã de 27/02/2015)
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