Papa Francisco e o cardeal Oscar Maradiaga foto retirada daqui |
A “revolução da ternura” introduzida pelo cardeal
Bergoglio consolidou-se ao longo do ano que agora terminou.
Na mensagem para o dia 1 de Janeiro,
denunciou, mais uma vez, “a globalização da indiferença” para com as situações de
exploração e de tráfico de seres humanos. Apelou ao empenhamento de todos na “globalização da solidariedade e da fraternidade” para vencer o “flagelo da escravidão contemporânea”. A avaliar pela primeira mensagem do ano, os
mais pobres e os explorados continuarão a ser a principal preocupação do Papa.
O grande acontecimento eclesial de 2014 foi o
Sínodo dos Bispos. No final o Papa impôs que fossem incluídas no texto final os
parágrafos sobre os divorciados recasados e o acolhimento aos casais
homossexuais, apesar de não terem obtido a aprovação de dois terços da
assembleia. Desta forma, a temática da família, bem como, as situações
irregulares marcarão a agenda da Igreja em 2015, cujo ponto alto será o Sínodo
Ordinário dos Bispos, em Outubro.
Durante o próximo ano será também
implementada a Reforma da Cúria Romana. No início de Fevereiro reúnem-se de
novo os nove cardeais (C9) que estão a assessorar o Papa nessa tarefa. Apresentarão
o ponto da situação e as propostas concretas para a reformulação do governo
central da Santa Sé. Prevê-se que haja a fusão de diversos organismos em dois
novos Dicastérios, um dedicado ao laicado e família e outro às questões
sociais. Será uma espécie de ministério da solidariedade, para o qual será
nomeado o cardeal Oscar Maradiaga. Este é o
coordenador dos C9 e um dos cardeais em que Francisco deposita maior confiança.
Deixará a diocese de Tegucigalpa, nas Honduras,
para estar ao seu lado em Roma.
(Texto publicado no Correio da Manhã de 02/01/2015)
Sem comentários:
Enviar um comentário