quarta-feira, 18 de junho de 2025

Os pobres “não são um passatempo”


Leão XIV escolheu o dia de S. António, patrono dos pobres, para a sua primeira mensagem dedicada à celebração do Dia Mundial dos Pobres, que a Igreja assinalará a 16 de novembro. Esta também foi a primeira mensagem do novo Papa alusiva a uma jornada da Igreja Católica.

O Papa Francisco já tinha deixado a sua mensagem para alguns dos dias que a Igreja celebra, como é o caso do Dia Mundial das Comunicações Sociais (que se comemorou na Ascensão, quarenta dias depois da Páscoa) ou o Dia Mundial das Missões que ocorrerá no terceiro domingo de outubro. O Dia Mundial dos Pobres é uma criação de Francisco, que se assinala pela nona vez.

Este dia “pretende recordar às nossas comunidades que os pobres estão no centro de toda a ação pastoral”, lembrou Leão XIV na mensagem para este ano. Os pobres “não são um passatempo para a Igreja” e “ajudar os pobres é uma questão de justiça, muito antes de ser uma questão de caridade”, escreveu o Papa.

Enquanto os países se preocupam em investir em armamento para se protegerem, Leão XIV alertou que o “trabalho, educação, habitação e saúde são condições para uma segurança que jamais se alcançará com armas”. Apela, por isso, a que se privilegie “o desenvolvimento de políticas de combate às antigas e novas formas de pobreza, além de novas iniciativas de apoio e ajuda aos mais pobres entre os pobres”.

Num mundo insano em que se gastam milhões para atacar os inimigos, gerando mais pobreza, em que se prefere invadir e lançar mísseis do que negociar e procurar entendimentos entre as nações, são mais escassos os recursos para combater a pobreza e as suas causas. Esperemos que este Papa, que tem pela primeira vez a vantagem de poder dialogar diretamente com a opinião pública norte-americana, consiga afirmar uma agenda mundial de substituição das armas pela ação humanitária.

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