quarta-feira, 25 de junho de 2025

A sinodalidade “está viva” e recomenda-se

Jornadas Pastorais do Episcopado 2025. Foto: Agência Ecclesia
O Santo Padre pode ficar descansado, a igreja portuguesa não vai ficar à margem da dinâmica sinodal. Os bispos nacionais dedicaram as últimas Jornadas Pastorais ao tema e, nas conclusões, referem que “a sinodalidade – que, no dizer do Papa Leão XIV, se ‘deve tornar mentalidade, no coração, nos processos de decisão e nos modos de agir’ – está viva em Portugal, em processo e em construção”.

As Jornadas Pastorais decorrem habitualmente em Fátima e, durante elas, os bispos refletem sobre determinadas questões. Este ano participaram sacerdotes, religiosos e leigos envolvidos na promoção da sinodalidade nas respetivas comunidades ou dioceses.

Os bispos, certamente, escolheram para o debate pessoas que traduzem diferentes sensibilidades, como se pretende no processo sinodal. Contudo, reconheceram que ainda há muito caminho a percorrer: “Notou-se a necessidade de se envolver mais efetivamente os jovens, os mais afastados e aqueles que estão à margem das estruturas eclesiais”. As conclusões das jornadas destacaram também a “importância de fomentar redes interdiocesanas, promovendo espaços de cooperação e partilha de boas práticas”.

Os bispos asseguram que estão “a aprender a caminhar juntos, a escutar com mais profundidade, a discernir com o coração e a decidir com humildade”. Pois bem, a consolidação deste itinerário purificará a Igreja em Portugal de toda a prepotência dos seus líderes. Estes deixarão de impor as suas ideias e de afastar os que não pensam como eles; habituar-se-ão a trabalhar em rede; não terão como preocupação última os seus interesses e agendas pessoais, mas o bem das suas comunidades.

Neste cenário, todos se sentirão acolhidos, escutados e com as suas sugestões ponderadas. Tudo em ordem a discernir o que mais está de acordo com o Evangelho e o que melhor se coaduna com o bem da Igreja.

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