Há 60 anos Paulo VI convidou os fiéis a rezarem pelas vocações religiosas e ao sacerdócio, no domingo em que a liturgia apresenta Jesus como o Bom Pastor. É o quarto Domingo Pascal, a que se deu o nome de “Dia Mundial de Oração pelas Vocações”. Este ano celebra-se no próximo domingo e a Igreja vive uma semana dedicada ao tema. Os papas passaram a escrever uma mensagem para assinalar este dia.
Ao longo destes 60 anos, a oração pelas vocações foi ampliando o seu âmbito. João Paulo II incluiu o chamamento “à vida familiar”. Francisco, na mensagem de 2019, passou a considerar as “vocações ligadas ao mundo do trabalho e das profissões” que se comprometem “no campo da caridade e da solidariedade, nas responsabilidades sociais e políticas”.
Na mensagem deste ano, o Papa conjuga a felicidade com a realização pessoal que só se alcança quando se descobre a própria vocação. “A nossa vida realiza-se e torna-se plena quando descobrimos quem somos, as qualidades que temos e o campo onde é possível pô-las a render”, escreve o Papa. Depois recorda todos aqueles “que abraçaram uma vocação que envolve toda a sua vida”.
O Papa coloca – logo a seguir aos chamados à vida conjugal e antes das pessoas consagradas – “todos os homens e mulheres de boa vontade que se dedicam ao bem comum”. Refere-se aos que, pelo trabalho, pela dedicação à política ou à solidariedade “procuram construir um mundo melhor”. Todos são “chamados a semear a esperança e a construir a paz” – o título da mensagem.
A Igreja precisa muito de sacerdotes e de religiosos. Porém, o mundo precisa ainda mais de profissionais que assumam o seu trabalho por vocação. Políticos e atores sociais que ponham a render os seus talentos ao serviço do outro. Rezemos pelas vocações consagradas, mas também pelos que são chamados a dedicarem-se ao bem comum.
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