Reflexões dos bispos europeus sobre a paz mundial Foto retirada daqui |
Como é normal, o Europeu de Futebol em França domina as
atenções dos europeus. Mas muitas outras coisas acontecem para além dos jogos
de futebol. Fora dos campos têm marcado a atualidade os desacatos entre claques,
as ameaças terroristas, o assassinato de dois polícias e, a contrastar com tudo
isto, a saudável confraternização entre adeptos de Portugal e da Islândia.
O Euro deveria ser uma festa das nações europeias em
torno do futebol. Infelizmente, há quem aproveite estes acontecimentos para
semear a violência e o terror. Será sempre de realçar, por isso, quando povos
tão distantes e diferentes como o islandês e o português gostam de se misturar
num estádio e confraternizam entre si.
A comunidade europeia foi sonhada precisamente para promover
a paz e prevenir a guerra no Velho Continente. Contudo, enquanto decorre este
Euro, ventos de desagregação varrem a Europa. Os partidos eurocéticos crescem
em quase todos os países. Os europeístas convictos não conseguem reinventar o
projeto europeu. A Grécia esteve à beira de sair da construção europeia e,
agora, é o Reino Unido que a poderá abandonar.
Cientes disto, os bispos europeus, reunidos em Bruxelas
no início desta semana, renovaram a sua profissão de fé numa Europa unida e
solidária. Em ordem à promoção da paz mundial, os bispos defenderam um maior
investimento na prevenção da escalada da violência; uma paz enraizada no
respeito pela dignidade da pessoa e da diversidade; e um maior investimento na
segurança das pessoas, de forma a que estas possam permanecer nos seus países.
As reflexões dos bispos estão vertidas num documento
que termina com 21 “recomendações” concretas, nas quais não é esquecido o papel
fundamental que as igrejas e as religiões podem desempenhar na construção da
paz. É um documento que os líderes europeus deveriam ler e refletir. A
construção europeia tem de ser relançada.
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