quarta-feira, 9 de julho de 2025

O Sínodo é decisivo para o futuro da Igreja

O caminho sinodal iniciado por Francisco é para continuar. Agora sob a batuta de Leão XIV, recebeu esta segunda-feira um novo impulso com o documento da Secretaria Geral do Sínodo, o qual reúne propostas concretas para a sua implementação.

Como era de esperar, o texto retoma muitas das ideias fundamentais do Documento Final da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, de 26 de Outubro de 2024. Ao citar este documento, clarifica que o Sínodo “constitui um ato de ulterior receção do Concílio, prolongando a sua inspiração e relançando a sua força profética para o mundo de hoje”.

Francisco empenhou-se em “descongelar” o Concílio Vaticano II, nomeadamente ao lançar esta dinâmica sinodal. Ela veio dar continuidade a uma visão conciliar de uma Igreja em diálogo com o mundo, que o escuta e faz suas “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje” (Gaudium et spes, 1).

Cabe agora a Leão XIV dar continuidade ao caminho iniciado pelo antecessor. Sobre ele recai a responsabilidade de implementar tudo o que até agora foi refletido e proposto nos trabalhos sinodais.

O documento da Secretaria Geral recorda várias das linhas estratégicas do Documento Final. Pede o empenhamento de todos para que elas sejam implementadas, porque “sem mudanças concretas a curto prazo, a visão de uma Igreja sinodal não será credível e isso afastará os membros do Povo de Deus que retiraram força e esperança do caminho sinodal” (DF, 94).

A partir daqui, compete aos bispos liderar a implementação do Sínodo, garantir a comunhão entre perspetivas diversas e não abafar nenhuma. Compete-lhes também promover a participação de todos, para que a alegria e a esperança do Evangelho iluminem o mundo. Se não o conseguirem implementar, o Sínodo não será mais do que um “sonho lindo que acabou”.

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