Um amigo, de visita a Angola, viu afixado numa igreja um
pedido de oração pelos políticos. Pensou que se tratava de algo específico
daquele país e colocou num grupo de amigos on-line, propondo que se fizesse o mesmo
em Portugal. Não se apercebeu que aquela é a intenção para o mês de agosto
proposta pela Rede Mundial de Oração do Papa.
Este movimento católico existe desde 1844. Antes
denominava-se Apostolado da Oração. Foi o atual Papa que em 2014 lhe alterou o nome
e lhe deu uma renovada presença na Internet, com serviços de oração como o “Click
To Pray”, também disponível numa aplicação para telemóvel.
Todos os meses é divulgado um pequeno vídeo em que o Papa
expõe brevemente o seu pedido de oração por uma determinada intenção. Acompanha
o vídeo uma infografia que explicita o pedido de Francisco e contextualiza o
seu âmbito.
Na infografia deste mês realçam-se os principais
problemas da política, levando o Papa a reconhecer que, “atualmente, a política
não tem boa fama”. Francisco, contudo, não se deixa contaminar pelos discursos
populistas que querem fazer de todos os políticos uns corruptos e sublinha que
a “política é muito mais nobre do que aparenta”. Recorda aquilo que disse Paulo
VI: “A política é uma das formas mais altas da caridade, porque busca o bem
comum”.
Não se pode “avançar em direção à fraternidade universal
sem uma boa política”, é a convicção do Papa. Por isso, agradece “aos muitos
políticos que desempenham a sua tarefa com vontade de servir, não de poder,
todos os seus esforços pelo bem comum”.
O Papa está verdadeiramente convencido que são muitos os
políticos que abraçam com nobreza a atividade política. Pede, através da sua
Rede Mundial de Oração – presente oficialmente numa centena de países – que,
durante este mês de agosto, os católicos os tenham presentes nas suas orações.
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