É uma tradição antiga da Igreja o Papa proclamar um Ano Santo a cada 25 anos do nascimento de Jesus, ou da sua Paixão, Morte ou Ressurreição. Em 2033, por exemplo, celebrar-se-ão os dois mil anos destes acontecimentos fundamentais para a fé cristã.
Para a vivência do Ano Santo, o Papa, além de convocar a alegria jubilar, expressa igualmente o seu desejo de ver sinais de esperança a acontecer no mundo durante este período.
Ao propor oito sinais, com destaque para a paz, o Papa junta três apelos. Volta, num regresso à Encíclica “Fratelli tutti”, a pedir que o dinheiro gasto em armamento seja aplicado “num fundo global para acabar de vez com a fome”. Apela também aos países ricos para que perdoem ou reformulem “dívidas injustas e insolventes” dos países pobres.
Finalmente, para o interior do cristianismo, apela aos “cristãos do Oriente e do Ocidente para darem resolutamente um passo rumo à unidade em torno duma data comum para a Páscoa”. Este ano, enquanto os católicos e cristãos ocidentais celebraram a Páscoa no dia 31 de março, os ortodoxos só a celebraram a 5 de maio. Dá-se a coincidência de, em 2025, os diferentes calendários cristãos fixarem o mesmo dia para a Páscoa: 20 de abril.
De facto, se as igrejas cristãs não se conseguem entender em relação à data da Páscoa, como podem exigir o entendimento entre as nações? A divisão entre os cristãos é um dos maiores contratestemunhos dos seus discursos, descredibilizando-os.
Oxalá o Jubileu do ano 2025 contribua para uma maior coerência entre cristãos. Só dessa forma poderão ser semeadores da esperança e da alegria no Mundo.
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