Papa na cadeia feminina de Giudecca, Veneza Foto Vatican Media retirada daqui |
Na Bienal de Veneza, em curso, o Pavilhão da Santa Sé foi instalado numa prisão que acolhe mulheres na ilha de Giudecca. Inclui uma exposição dedicada aos direitos humanos e chama a atenção para os marginalizados e esquecidos pela sociedade. Resulta da colaboração entre as reclusas e diversos artistas.
Este domingo, o Papa Francisco iniciou a sua visita a Veneza com um encontro com as reclusas de Giudecca. Fê-lo para demonstrar o carinho que tem por elas e a importância que lhes dá.
Em breves palavras referiu que a cadeia é “uma realidade dura” devido “à sobrelotação, à falta de infraestruturas e de recursos, aos episódios de violência” que geram tanto sofrimento às reclusas. Mas disse-lhes que a cadeia pode ser também um “lugar de renascimento moral e material”. Para isso, “é fundamental que o sistema prisional ofereça aos reclusos ferramentas e espaços de crescimento humano, espiritual, cultural e profissional, criando as condições para a sua reinserção saudável”.
O Papa olha para os reclusos como seres humanos, a quem se deve dar a oportunidade de corrigirem os seus erros e de se reinserirem na sociedade. Não são meros criminosos a castigar, quanto mais tempo, melhor. É a diferença entre uma perspetiva punitiva da justiça e a procura da regeneração da pessoa detida.
É mais fácil castigar do que regenerar. Contudo, é muito melhor reinserir. Não só porque, por cada recluso que não reincide, o Estado e todos nós ganhamos segurança. Mas, porque passamos a contar com cidadãos válidos para caminharem ao nosso lado.
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