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O Vaticano está atento às novas tecnologias e usa-as para
espalhar a sua mensagem. Após o sucesso da presença do Papa Francisco no Twitter,
vai agora ter uma conta na rede social de partilha de fotografias, o Instagram,
com o nome Franciscus. Essa presença inicia-se amanhã, dia de S. José, quando
se comemora o terceiro aniversário da missa de início do ministério do Papa
Francisco.
Para além desta iniciativa, a Santa Sé assumiu a
aplicação portuguesa “Click to Pray” e deu-lhe dimensão mundial. Passou a estar
disponível, para além do português, em castelhano, francês e inglês. E, graças
a ela, cristãos de todo o mundo podem rezar três vezes ao dia, em união com as
intenções do Santo Padre.
Na verdade, estas ditas novas tecnologias só o são para
os que viveram num mundo em que elas não existiam. Para os mais novos elas são a
realidade com que se habituaram a conviver. D. Claudio Maria Celli, presidente
do Pontifício Conselho das Comunicações Socias, já há alguns anos contava que
foi falar a um congresso sobre evangelização e novas tecnologias. Foi, então, corrigido
por um jovem que lhe disse: “Novas para si, que é velho! Para mim não são nada
novas”.
Uma outra transformação está também a verificar-se no que
se passa pela Internet. Há bem pouco tempo falava-se de “realidade virtual”, de
“comunidades virtuais” e até de “paróquias virtuais”. Cedo, porém, se começou a
perceber que o que acontece na rede é cada vez menos virtual e é, cada vez mais,
uma extensão da vida real – um espelho da realidade, até. Por isso, as
comunidades virtuais converteram-se em redes sociais. E, tal como tudo na vida,
o que acontece e se transmite on-line pode ter os seus efeitos positivos, mas
pode igualmente ampliar e acentuar efeitos perversos. Compete também à Igreja aproveitar
todas as potencialidades das ainda consideradas novas tecnologias e alertar
para os seus perigos.
(Texto publicado no Correio da Manhã de 18/03/2016)
O Papa Francisco é um ser humano admirável! Bem Haja.
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