quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Francisco, Sumo Pontífice das religiões

Viagem do Papa à Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura
Imagem retirada daqui
O Papa Francisco foi ao outro lado do mundo contactar com diferentes realidades socias, culturais e religiosas. Terminou o seu périplo pela Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura no dia 13. A sua mais longa viagem – e a que o levou mais longe.

Do ponto de vista religioso, o Papa iniciou a visita pelo país com mais muçulmanos do mundo, a Indonésia. Passou pela Papua-Nova Guiné, em que mais de dois terços da população se declara cristã, a maioria da qual católica.

Rumou então para o país com a maior percentagem de católicos do mundo, Timor-Leste. A própria Constituição reconhece a importância “da Igreja Católica no processo de libertação nacional”, apesar de consagrar a liberdade religiosa e a separação entre a Igreja e o Estado.

Francisco terminou a sua viagem em Singapura, território onde um terço da população é budista e quase um quinto se declara cristã. Sensivelmente a mesma parcela declara não professar qualquer religião, seguindo-se os que se assumem muçulmanos, taoistas, hinduístas e de outras religiões. Singapura é considerado, por isso, o país do mundo com a maior diversidade religiosa, pois não há nenhuma que claramente se destaque.

Perante contextos religiosos tão diversos, o Papa procurou lançar pontes entre diferentes credos religiosos e sublinhar a beleza dessa diversidade. No maior país muçulmano, o Papa Francisco e o Grande Imã Nasaruddin Umar assinaram uma declaração conjunta em Jacarta, na mesquita de Istiqlal, a apelar à promoção da harmonia religiosa para o bem da humanidade. Em Singapura o Papa destacou o “mosaico de etnias, culturas e religiões que vivem em harmonia” naquele país.

Nesta sua última viagem Francisco foi verdadeiramente o Sumo Pontífice. Ou seja, o grande fazedor de pontes entre pessoas que se relacionam com Deus de formas variadas.

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