Carla Bretão, recém-nomeada ecónoma da Diocese de Angra. Foto retirada daqui |
Carla Bretão conhece bem a situação financeira da diocese porque foi, nos últimos anos, a ecónoma-adjunta do cónego António Henrique Pereira, a quem sucede no cargo. A sua escolha tem em conta o trabalho até agora desempenhado e a convicção da diocese de que “leigos competentes nesta área poderem contribuir com o seu desempenho para o funcionamento da diocese”.
O Código de Direito Canónico, a lei fundamental da Igreja, para o desempenho da função de ecónomo, não exige que este seja um padre, mas sim que “seja verdadeiramente perito em assuntos económicos” (Can. 494 §1). Hoje gerir os bens da Igreja não é algo que possa ser feito com amadorismo, exigem-se boas competências técnicas. Sobretudo quando aqueles que contribuem para a sustentabilidade económica das dioceses são cada vez menos... É necessário, pois, encontrar novas fontes de financiamento e de rentabilização do património que se possui.
Hoje é mais fácil encontrar essas competências entre os diáconos permanentes, ou os leigos, do que entre os padres de uma diocese. Não é de estranhar, por isso, que se acentue a tendência que se tem verificado recentemente de serem eles, e sobretudo elas, a assumirem as rédeas da administração dos bens diocesanos. A verdade é que estão mais bem preparados do que o clero para superar a fragilidade económica que se verifica em algumas das dioceses.
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