O Papa e as crianças (foto Vatican Media, retirada daqui) |
Nesse mesmo dia o Papa publicou uma mensagem dirigida às crianças, na qual sublinha que elas são, não só a alegria dos pais e das famílias, mas também “da humanidade e da Igreja”. Desafia-as a “sonhar uma nova humanidade e a trabalhar por uma sociedade mais fraterna e atenta à nossa casa comum”.
Apesar do tom de alegria e esperança que transparece na mensagem, o Papa pede que não sejam esquecidas “as crianças a quem, ainda hoje, é cruelmente roubada a infância”. Lembrou aquelas que lutam contra doenças, as que são forçadas a combater ou a fugir à guerra como refugiadas, as que não podem ir à escola e as que são vítimas “de grupos criminosos, das drogas ou doutras formas de escravidão, de abusos”.
O Papa não diz explicitamente, mas sabe bem que no interior da Igreja se cometeram e cometem abusos. Tal sucede num espaço que deveria ser de proteção e de promoção de uma infância feliz e harmónica, no qual as crianças pudessem dilatar todas as suas potencialidades e desenvolver, também, a sua fé.
É repugnante que esses abusos tenham acontecido numa instituição que, ao mesmo tempo, tanto tem contribuído para dar uma nova oportunidade a tantas crianças a quem foi “roubada a infância”.
Ao promover a Jornada Mundial das Crianças, o Papa quer que uma onda de esperança se inicie em Roma e contagie todo o mundo. Deseja que a Igreja se comprometa, cada vez mais, com a proteção e a promoção das crianças. Que a Igreja seja para elas um espaço para “sonhar uma nova humanidade”.
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