António Costa toma posse como primeiro-ministro Foto Mário Cruz/ Lusa retirada daqui |
Há 40 anos o 25 de Novembro pôs fim a um “Verão Quente” de
agitação política. Para uns, foi o fim de um sonho revolucionário e a ascensão ao
poder das forças reacionárias. Para outros, foi evitada a instauração de uma
ditadura de esquerda e a sovietização do país. Ainda hoje há quem leia este
acontecimento com as mesmas perspetivas divergentes. A atual maioria de
esquerda na Assembleia da República recusou-se mesmo a participar na reunião
preparatória da comemoração dessa efeméride, alegando ser uma data
“fraturante”.
Em 1975 o PS afastou-se do PCP, e aproximou-se dos
partidos de direita, para garantir a democracia em Portugal. Foram precisos quatro
décadas para voltarem a aproximar-se, para derrubar uma governação de direita e
fazerem a viragem à esquerda na política nacional, prometendo o fim da
austeridade e o cumprimento dos compromissos internacionais do país.
Com esta viragem à esquerda do PS e o acantonamento do
PSD e do PP à direita, o eleitorado do centro – que alternadamente foi dando a
vitória ao PSD e ao PS – terá de aguardar para ver de qual dos blocos se
aproxima numa próxima eleição.
Para já o Presidente da República deu posse ao governo de
António Costa, que a nova maioria de esquerda irá sustentar no Parlamento. É
curioso que Cavaco Silva, intencionalmente ou não, tenha evitado a data de 25
de Novembro para efetivar a sua decisão. Indigitou António Costa no dia
anterior; e deu posse ao governo no dia a seguir à efeméride.
Há 40 anos, durante o “Verão Quente”, o PS liderado por
Mário Soares acolheu o apoio da Igreja Católica e teve como principal
interlocutor o cardeal-patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro. Hoje, ainda é
muito cedo para perceber qual vai ser o relacionamento deste governo de maioria
de esquerda com a Igreja. As reações da hierarquia são, para já, cautelosas –
apenas dizem que estão disponíveis para colaborar com qualquer governo, na
promoção do bem comum de todos, etc.
Os próximos meses esclarecerão se António Costa,
apesar de ter feito algumas cedências aos partidos à sua esquerda, nomeadamente
nas ditas “questões fraturantes”, conseguirá reconquistar o centro. Ou se vira
demasiado à esquerda, tornando, assim, muito mais difícil o entendimento com a Igreja
Católica.
(Texto publicado no Correio da Manhã de 27/11/2015)
Carissimo Fernando, aqui de longe de terras do Amazonas, em TABATINGA, numa zona fronteiriça com o Peru e a Colombia, nem tenho acompanhado os meandros da política portuguesa que me parece esá numa viragem bastante curiosa, queb alimen ta por isso mesmo a curiosidade de muitos. Cheguei ao Brasil pela 12ª vez e pela 1ª vez do sul ao norte ouço a palavra CRISE. Nunca a tinha ouvido nas 11 primeiras vezes que andei por estas terras. Mas ela está aí fruto de um governo bastante à deriva no Brasil, o memso se passando com o Presidente da Câmara que não é do partido do governo. Mas uns e outros estão mergulhados numa grande corrupção que tiram a credibilidade ao governo, sem a darem à Câmara. A linguagem das pessoas é a que ouvimos em Portugal desde há anos: aumento de impostos, salários baixos, produtos caros, exportações paradas... Não se sabe bem o que aocntecerá nas próximas eleiçoes no Brasil, embora a Dila ande com as "saias" muito por baixo. Por aí não esptu a ver muito bem como o Costa se vai sair de alguma embrulhada em que se meteu. Essa gente tinha tido o meu voto em eleições anteriores. Desta vez estando em Trieste não votei. Mas estaria muito relutantte em enconstarme ao Costa. A credibilidade da polítia está na seriedade dos políticos e no enriquecimento de todos e não de uns poucos à custa de muitos. Se o Costa conseguir enriquecer a maioria dar-lh-eo os meus parabéns mesmo não votando nele. Se conseguir "so-cretinices" pedirei a Deus que ilumine outros politicos, à condição que os eleitoriado os escolha.
ResponderEliminarDe um modo brm mais simples, hoje estive com algumas povoações ribeirinhas com missa celebrada por um jesuita espanhol, muito jovem e antigo aluno marista de Malaga. Esta por aqui numa experiencia intercongregacional para assisitr os povos ribeirinhos dos rios Solimões e Javari, em plena Amazonia fronteiriça com três pasises aqui: Brasil, Colombia e Peru. Estamos os jesuitas, os maristas, e uma Congregação de Irmãs. Pelo menos na Igreja vamos fazendo qualquer coisa em comunhão, deixando para trás antigas rivalidades congregacionais, já que todos estamos trabalhando para o povo de Deus. Se os politocos compreendessem que devem trabalhar para o bem do povo e não necessariamente destruir os que os outros fizeram só porwue não são da mesma cor, já não seria pouca coisa. E aqui a Igreja talvez lhes possa ensinar algumas coisa... se eles quiserem aprender. Mas sobre isso eu tenho as minhas dúvidas... A ver vamos como diz o povo. Oxalá que opovo, pleo menos, não sofra muito.
Um abraço "amazónico" antes de partir para São Paulo amanhã. Saudações a toda a familia e familaires. E um abraço sem esquecer o calor daqui.