Alunos do Curso Básico de Teologia, no Algarve Foto retirada daqui |
Esta formação laical exige, para além das ciências humanas, uma consistente formação teológica. Uma das maiores dificuldades em promover percursos formativos para os leigos deve-se ao facto de, na maioria das dioceses, não abundarem peritos em ciências teológicas.
No passado, quando todas as dioceses tinham o seu Seminário Maior, havia sempre padres formados que garantiam os estudos teológicos dos seminaristas. Hoje, com a concentração dos seminaristas maiores apenas em Braga, Porto, Lisboa e Évora, a maioria das dioceses desinvestiu na formação de peritos nessas áreas. Nestas cidades encontram-se as principais ofertas formativas para leigos com alguma credibilidade. Nas restantes, verificam-se apenas experiências esporádicas, quase sempre inconsequentes e com pouca profundidade teológica.
São de saudar, no entanto, todas as iniciativas que se desenvolvem longe dos centros teológicos: foi o caso do Curso Básico de Teologia que recentemente se encerrou no Algarve, concluído por 81 alunos. Uma das suas particularidades foi ter sido ministrado on-line. Isso permitiu chegar a diversos pontos da diocese e contar com professores de fora dela. Foi complementada com jornadas intensivas presenciais, as quais permitiram uma maior proximidade e convívio entre os alunos.
A falta de peritos nas dioceses mais distanciadas dos centros teológicos do país, e a rarefação das pessoas pelos extensos territórios do interior, já não são desculpa para adiar e não promover a devida formação laical. A formação on-line é uma solução viável – e a pandemia teve o condão de a disseminar.
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