Foto de Manuel Roberto retirada daqui |
A igreja do Santo Cristo em Outeiro, uma aldeia perto de
Bragança, foi promovida pelo Papa Francisco a Basílica Menor.
Outeiro já foi Vila e sede de concelho entre 1514 e 1853. Durante esse período foi construída a igreja de Santo Cristo para albergar uma imagem do crucificado que se encontrava numa pequena capela e que terá suado sangue a 26 de Abril de 1698. Nesse mesmo ano foi lançada a primeira pedra de um grande templo, o qual foi inaugurado a 3 de Maio de 1713. Em 1927 foi classificado como Monumento Nacional.
Outeiro já foi Vila e sede de concelho entre 1514 e 1853. Durante esse período foi construída a igreja de Santo Cristo para albergar uma imagem do crucificado que se encontrava numa pequena capela e que terá suado sangue a 26 de Abril de 1698. Nesse mesmo ano foi lançada a primeira pedra de um grande templo, o qual foi inaugurado a 3 de Maio de 1713. Em 1927 foi classificado como Monumento Nacional.
Apenas quatro basílicas, todas em Roma, são classificadas
como Maiores. São elas a Basílica de S. João de Latrão (sede da diocese de
Roma), a de S. Pedro no Vaticano, a de S. Maria Maior e a de S. Paulo Fora-de-Muros.
Todas as outras, como é o caso da Basílica da Estrela em Lisboa, a Real em
Castro Verde ou a do Rosário em Fátima, são Menores. E é a primeira vez que uma
igreja localizada numa aldeia portuguesa é elevada à dignidade basilical. O que
só foi possível, graças ao empenhamento do atual bispo de Bragança-Miranda, D.
José Cordeiro, que soube dar continuidade a um desejo antigo e obter a sua aprovação
em apenas um ano.
Quando comemos o pão que chega à nossa mesa raramente
lembramos as mãos que desbravaram a terra. Por isso é bom lembrar que quem
deitou a semente para que o título de Basílica fosse atribuído à igreja do
Santo Cristo foi D. António Rafael, há mais de trinta anos. Na celebração do
Ano Santo da Redenção, em 1983, durante a peregrinação diocesana àquele
santuário, o então bispo de Bragança-Miranda, realçou a grandiosidade do templo
que “merecia ser Basílica”.
O cónego João Gomes, pároco de Outeiro, não deixou cair
no esquecimento a ideia de D. António e recuperou-a por ocasião da celebração
dos trezentos anos da inauguração da, agora, Basílica Menor. Para além de não
deixar apagar “a torcida que ainda fumegava”, soube soprá-la no momento certo
para que a ideia pudesse acender-se no tempo oportuno e tornar-se uma
realidade.
Agora que despontou a primeira folha, é preciso continuar a cuidar da planta para que ela dê frutos. A Basílica do Santo Cristo é razão bastante para colocar Outeiro no mapa religioso, cultural e turístico do país.
Agora que despontou a primeira folha, é preciso continuar a cuidar da planta para que ela dê frutos. A Basílica do Santo Cristo é razão bastante para colocar Outeiro no mapa religioso, cultural e turístico do país.
(Texto publicado no Correio da Manhã de 14/11/2014)
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