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| Escola católica na aldeia de Loli, no sul do Nilo Branco, Sudão central Foto de Michael Freeman retirada daqui |
As escolas católicas têm na sua génese a preocupação com a instrução e a educação dos mais pobres. Leão XIV recordou-o na encíclica “Dilexi Te”, ao fazer o percurso da preocupação da Igreja com os desfavorecidos. “Inspirada no exemplo do Mestre [...] a Igreja assumiu como missão formar as crianças e os jovens, especialmente os mais pobres, na verdade e no amor”. Desde o final do século XVI, foram várias as congregações que surgiram com essa preocupação.
Na Encíclica o Papa referiu S. José Calasanz, o qual, “impressionado pela falta de instrução e formação dos jovens pobres da cidade de Roma, deu vida à primeira escola pública popular e gratuita da Europa”. A que se seguiu S. João Baptista de La Salle, que “fundou os Irmãos das Escolas Cristãs, com o ideal de lhes oferecer ensino gratuito, formação sólida e ambiente fraterno”. O Papa lembrou também, entre outros, S. Marcelino Champagnat, fundador dos maristas, e S. João Bosco, dos salesianos. Ambos estiveram imbuídos do mesmo espírito de possibilitar o acesso à educação em contextos que ela era um privilégio de poucos.
O Papa voltou a este tema na carta apostólica “Desenhar novos mapas de esperança”, que comemora o 60º aniversário da declaração do Concílio Vaticano II sobre a educação cristã. Leão XIV assinou esse documento na abertura do Jubileu do Mundo Educativo a 27 de outubro, no Vaticano. Neste documento regressa ao que já tinha escrito na sua primeira encíclica, e sublinha, mais uma vez, que a Igreja é desafiada a ir “onde o acesso à educação é ainda um privilégio”.

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