quarta-feira, 5 de novembro de 2025

A escola católica nasceu para os pobres

Escola católica na aldeia de Loli, no sul do Nilo Branco, Sudão central
Foto de Michael Freeman retirada daqui

As escolas católicas têm na sua génese a preocupação com a instrução e a educação dos mais pobres. Leão XIV recordou-o na encíclica “Dilexi Te”, ao fazer o percurso da preocupação da Igreja com os desfavorecidos. “Inspirada no exemplo do Mestre [...] a Igreja assumiu como missão formar as crianças e os jovens, especialmente os mais pobres, na verdade e no amor”. Desde o final do século XVI, foram várias as congregações que surgiram com essa preocupação.

Na Encíclica o Papa referiu S. José Calasanz, o qual, “impressionado pela falta de instrução e formação dos jovens pobres da cidade de Roma, deu vida à primeira escola pública popular e gratuita da Europa”. A que se seguiu S. João Baptista de La Salle, que “fundou os Irmãos das Escolas Cristãs, com o ideal de lhes oferecer ensino gratuito, formação sólida e ambiente fraterno”. O Papa lembrou também, entre outros, S. Marcelino Champagnat, fundador dos maristas, e S. João Bosco, dos salesianos. Ambos estiveram imbuídos do mesmo espírito de possibilitar o acesso à educação em contextos que ela era um privilégio de poucos.

O Papa voltou a este tema na carta apostólica “Desenhar novos mapas de esperança”, que comemora o 60º aniversário da declaração do Concílio Vaticano II sobre a educação cristã. Leão XIV assinou esse documento na abertura do Jubileu do Mundo Educativo a 27 de outubro, no Vaticano. Neste documento regressa ao que já tinha escrito na sua primeira encíclica, e sublinha, mais uma vez, que a Igreja é desafiada a ir “onde o acesso à educação é ainda um privilégio”.


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