A Agência Fides divulga todos os anos, no Domingo das Missões, uma radiografia da situação da Igreja Católica no mundo. Essa efeméride celebrou-se no domingo passado e foram divulgados os dados relativos a 2021.
Quem olhar para o número absoluto dos católicos, ficará satisfeito porque aumentou mais de 16 milhões em relação ao ano anterior. São agora mais de 1.375 milhões. Quem se fixar na percentagem da população mundial que é católica, essa diminuiu em 0,06%. É agora de 17,67%.
Consultando as estatísticas relativas aos primeiros vinte anos deste século e milénio, verifica-se que, em todos os continentes, aumentaram os católicos (+315 milhões do que em 2001) e que a sua percentagem variou pouco (+0,37%). Esta só diminuiu na Europa (-0,39%), em que ainda 39,58% da população se declara católica, e na Oceânia (-0,83%) onde há quase 11 milhões de católicos – 25,94% da sua população.
Na América, onde se verifica a percentagem mais elevada: 64,08%, aumentou 1,38%. Continua a ser o continente onde há mais católicos, 660 milhões, e foi aquele em que estes mais aumentaram: 132 milhões. A África tem o maior aumento percentual (+2,61%), que significou quase uma duplicação dos católicos – de 135 para 265 milhões: são agora 19,38% da sua população. Este continente está quase a ultrapassar os 286 milhões de católicos europeus, que apenas aumentaram 5 milhões e meio.
Na Ásia verifica-se a percentagem mais baixa, 2,89%, e um aumento de apenas 0,43%. Contudo, passou de 108 para 153 milhões de católicos. Tendo em conta que naquelas paragens os que se declaram católicos são-no, de facto, já serão bem mais do que os praticantes na Europa ou na América.
A Igreja Católica está a tornar-se cada vez mais africana e asiática. Por isso, será natural que o próximo Papa seja oriundo de um desses continentes.
Cardeal Peter Turkson, à esquerda, e Cardeal Luis Tagle, à direita, apontados pela Newsweek, a 21/06/2022, como possíveis sucessores do Papa Francisco. Foto: GETTY/AP, retirada daqui. |